A união faz a força e o ano de 2023 apresentou bons resultados para o cooperativismo brasileiro. O setor encerrou o ano com R$ 715,6 bilhões em ativos totais, crescimento de 21,2% em relação a 2022, quando foram registrados R$ 590,4 bilhões. Foi a modalidade com o melhor desempenho anual em ativos, segundo dados do ranking Exame Melhores e Maiores 2024. Em seguida vieram saneamento e meio ambiente (17,6% de alta nos ativos) e seguradoras (13%).
De uma maneira geral, os ativos de uma empresa, companhia ou organização podem ser entendidos como tudo aquilo que pode ser transformado em dinheiro, seja imediato, como o saldo em conta bancária, como bens, imóveis e mercadorias que podem ser comercializadas e, assim, gerar lucro para o seu detentor.
O Brasil possui atualmente 4.509 cooperativas, das quais 256 foram registradas em 2023 no sistema OCB, entidade que congrega o cooperativismo brasileiro. Elas estão organizadas em sete ramos: agropecuário, consumo, crédito, infraestrutura, saúde, trabalho, produção de bens e serviços e transporte. No total, segundo dados da OCB no Anuário Coop 2024, são 23,4 milhões de cooperados em atividade no país, equivalente a 11,5% da população brasileira.
“O setor cooperativista cresce ano após ano e de forma muito consistente. Daí vem o crescimento dos ativos. É um fator muito positivo para o país, pois existe um investimento do próprio cooperado nas atividades da sua cooperativa ou no sistema em si”, explica Samuel Barros, reitor do Ibmec no Rio de Janeiro.
O destaque é para as 1.179 cooperativas agropecuárias, que respondem por boa parcela do Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro. Em 2023, apenas o ramo agropecuário, que agrega cerca de um milhão de cooperados no país e gera 257 mil empregos diretos, responde por R$ 274 bilhões em ativos de todo o cooperativismo brasileiro, segundo dados da OCB.
Do campo às cidades, as cooperativas estão presentes em todos os setores da economia, oferecendo soluções inovadoras e sustentáveis. Sua capacidade de se adaptar a diferentes contextos e atender às necessidades específicas de seus membros as torna um modelo de negócio versátil e resiliente.
Nos municípios onde as cooperativas estão presentes, é possível observar um incremento na arrecadação de impostos, na geração de empregos, na educação e na promoção social. Esse impacto é relevante não só para as comunidades, mas também para toda a sociedade.
Fonte: Exame