A pesquisa “Diversidade, Equidade e Inclusão nas Organizações 2022”, da Deloitte, foi divulgada durante o segundo dia do 7º Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio – CNMA. O objetivo do material é instigar o debate sobre alguns temas relevantes às mulheres, que atuam no agronegócio brasileiro, segundo explicou a head do All In, estratégia de diversidade, equidade e inclusão na Deloitte, Ângela Castro.
“Por meio de uma sondagem com este público feminino atuante no agro, o estudo revelou desafios, pontos positivos e alguns caminhos sobre a atuação da mulher no setor”, afirmou Ângela.
As entrevistas foram realizadas entre os dias 17 de agosto e 26 de setembro deste ano e contou com 63 participantes de diferentes organizações, entre as quais 21% são multinacionais e 10% estão listadas na bolsa de valores brasileira. 52% das mulheres respondentes atuam em empresas familiares e 63% atuam em cargos executivos.
Entre os principais pontos levantados pela pesquisa é que o número de mulheres que atuam no agronegócio vem crescendo nos últimos anos, inclusive em cargos de liderança: entre 2004 e 2015, houve um aumento de 8,3% da presença feminina no campo. Entre as justificativas, as mulheres revelam que escolheram atuar no segmento do agronegócio em razão da importância para a sociedade e pelas melhores oportunidades de carreira, especialmente entre as mais jovens.
“Apesar do aumento gradativo de mulheres atuando no agro, a diferença entre a remuneração média mensal de homens e mulheres ainda é significativa no Brasil”, ponderou a sócia de consultoria tributária da Deloitte, Carolina Verginelli, durante a apresentação da pesquisa.
O estudo indica, baseada em dados do Ministério do Trabalho, que as mulheres recebem remuneração 17% inferior à dos homens no agronegócio, dificultando a atuação feminina no setor. Especificamente na pesquisa, 43% das mulheres entrevistadas relataram receberem salários menores em comparação ao dos homens.
Ainda sobre remuneração e capacitação profissional, a pesquisa indica que, apesar das mulheres terem escolaridade maior do que homens, elas apontam terem sua capacidade intelectual questionada no trabalho. 41% das mulheres respondentes afirmaram sofrer questionamentos sobre a capacidade intelectual em comparação aos homens, principalmente entre as mulheres mais jovens (75%) e mais maduras (37%).
Gargalos
A pesquisa mostrou ainda que, o número de movimentos e eventos direcionados ao público feminino no agronegócio, como o CNMA, cresceu nos últimos anos, porém ainda há espaço para lideranças incentivarem a participação das mulheres. Afinal, o estudo indica que o perfil da líder no agronegócio pode contribuir para o crescimento do setor, já que as mulheres investem em um aprendizado contínuo.
Para acessar a pesquisa na íntegra, clique nesse link:
https://pesquisas.lp.deloittecomunicacao.com.br/pesquisa-mulheres-no-agro
Fonte: Assessoria CNMA
A MundoCoop é aliança estratégica do Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio
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