O número de agências bancárias no Brasil atingiu um pico em março de 2015, com 23.154 unidades. Desde então, vem caindo de maneira praticamente ininterrupta até os dias de hoje. O dado mais recente do Banco Central, de julho, mostra que atualmente existem 17.348 agências no país, uma queda de 5.806 desde o pico, ou 25,1%. Enquanto isso, as unidades das cooperativas de crédito dobraram nesse período.
Banco | Agências | |
1 | Banco do Brasil | 3984 |
2 | Caixa | 3372 |
3 | Bradesco | 2910 |
4 | Itaú | 2617 |
5 | Santander | 2575 |
6 | Banrisul | 498 |
7 | Banco do Nordeste | 295 |
8 | Banpará | 152 |
9 | Banco de Brasília | 124 |
10 | Banco da Amazônia | 118 |
11 | Safra | 116 |
12 | Banestes | 100 |
13 | Banese | 64 |
14 | Daycoval | 51 |
15 | Citi | 50 |
Há sete anos, as maiores redes de agências eram de: Banco do Brasil (5.544), Bradesco (4.654), Itaú (3.847), Caixa (3.401) e Santander (2.641). Hoje os líderes são BB (3.984), Caixa (3.372), Bradesco (2.910), Itaú (2.617) e Santander (2.575). No período, quem mais fechou agências foi o Bradesco (1.744), seguido de BB (1.560), Itaú (1.230), Santander (66) e Caixa (29).
Além das agências, existem atualmente no país 11.858 postos de atendimento (PA) físicos. Em março de 2015, eram 10.474, ou seja, houve uma alta de 1.384 (ou 13,2%).
Os PAs são estruturas mais simples, subordinados a uma agência, e que não contam, por exemplo, com serviços como câmbio, operações de tesouraria, fundos de investimentos para clientes qualificados, entre outros. Além disso,
muitos não são abertos ao público geral, são pontos de atendimento dentro de determinadas empresas, repartições públicas, universidades, etc, destinados única e exclusivamente aos membros daquela instituição.
Com o avanço da tecnologia e a digitalização dos serviços financeiros – impulsionada pela pandemia – os grandes bancos vêm fechando agências, aproveitando a queda na demanda por atendimento físico para reduzir gastos. Muitas são transformadas em PAs, que por ter uma estrutura menor – como não lidam com numerário, não precisam de cofre, porta giratória, entre outras coisas – exigem gastos bem inferiores.
Enquanto isso, as cooperativas vêm ampliando o atendimento presencial. Por não serem bancos, elas não têm agências. As unidades são chamadas de postos de atendimento cooperativo (PAC). Hoje, são 8.593 PACs, de 4.312 em março de 2015, uma diferença de 4.281 (alta de 99,3%).
A maior rede de PACs é do Sicoob, com 4.018 unidades. Desde 2020, o Sicoob já abriu 690 postos e deve entregar mais 100 ainda este ano. “O cooperativismo financeiro é um movimento essencialmente de lugar e proximidade, que preza pelo atendimento humanizado, até porque nas cooperativas as pessoas, por definição, são mais importantes que o capital, e o lucro não faz parte dos objetivos. Como o usuário dos serviços é também o dono da organização, suas expectativas e preferências sobre acolhimento e tratamento devem ser atendidas sem restrições”, diz Ênio Meinen, diretor de Coordenação Sistêmica e Relações Institucionais do Sicoob.
Fonte: Valor Econômico
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