• POLÍTICA DE PRIVACIDADE
  • CONTATO
  • MÍDIA KIT
MundoCoop - Informação e Cooperativismo
Sem resultado
Ver todos os resultados
  • ECONOMIA & FINANÇAS
  • DESTAQUES
  • AGRONEGÓCIO
  • GESTÃO & NEGÓCIOS
  • ACONTECE NO SETOR
  • SOCIAL
  • INTERNACIONAL
  • ENTREVISTA
  • ECONOMIA & FINANÇAS
  • DESTAQUES
  • AGRONEGÓCIO
  • GESTÃO & NEGÓCIOS
  • ACONTECE NO SETOR
  • SOCIAL
  • INTERNACIONAL
  • ENTREVISTA
Sem resultado
Ver todos os resultados
MundoCoop - Informação e Cooperativismo

Cooperativismo: movimento de vanguarda – Juliana Fendel é Educadora e Gerente de Projetos na Cooperativa Coletiva

MundoCoop POR MundoCoop
24 de março de 2023
ARTIGO
img 4 14

img 4 14

CompartilheCompartilheCompartilheCompartilhe

Hoje, sendo associada de cooperativa de crédito e sócia de cooperativa de trabalho de educação corporativa corro o risco de achar que sempre vivi nesse movimento. É preciso resgatar as raízes, uma época em que os termos da moda corporativa fizeram – ou não – sentido.

Em novembro de 2010, lembro-me muito bem, conheci o termo “Mundo VUCA”. O tal mundo volátil, incerto, complexo e ambíguo parecia representar a realidade vivida na empresa e setor em que eu estava naquele momento: o call center de uma instituição financeira. Os termos e conceitos nos preparavam para reagir às incertezas e mudanças. Reagir! “É o sistema”, “as taxas são imprevisíveis já que variam na virada da meia noite”, “nunca peça desculpas, não admita o erro da empresa”, eram apenas algumas formas de reagir ao problema em questão. A reação não me parecia nada contributiva ao cliente, soava combativa. A centralidade das empresas estava em sua imagem e seus números.

Com os estudos e olhares voltados para o capitalismo consciente no início deste século o lucro passou a “pegar mal” quando acabava em si mesmo. As grandes empresas passaram a declarar que seus negócios não eram restritos à geração de lucro, mas também a valores de bem-estar social. Na época em que o termo foi difundido no Brasil, a empresa em que eu trabalhava também surfou na crista da onda, oferecendo parcerias com universidades, cursos de línguas e até academias, o desconto oferecido era o diferencial, era o cuidado com os colaboradores (que não seriam mais chamados de funcionários a partir de então). Será que essas práticas bastavam para que a empresa se enquadrasse no modelo de capitalismo consciente, como no caso citado? Por que     agrados e cuidados acessórios com os colaboradores tornariam mais ou menos repreensivo o lucro? Por que a tal consciência desse modelo só abarcava quem estava dentro da empresa? E nesse contexto, indo e vindo diariamente pela Marquês de São Vicente, na região central da Zona Oeste de São Paulo, eu olhava pessoas em situação de rua e praças sem qualquer manutenção e não conseguia entender a responsabilidade social empresarial.

São tantos os termos de modelos corporativos, sem falar nos que emprestamos do inglês para representar a rotina profissional. Me atrevo a citar a Indústria 4.0, que se propõe a promover processos cada vez mais tecnológicos; a Economia de Plataforma que acompanha o comportamento do consumidor utilizando a tecnologia das plataformas digitais; a própria Transformação Digital, tão presente em nosso cotidiano, que mostra o dualismo: de um lado a economia digital, que permite maior produtividade e de outro lado o ESG, que contribui para a era digital, mudando a maneira como as empresas se relacionam interna e externamente; o Capitalismo de Stakeholder que busca o alinhamento dos objetivos de todas as parte da relação empresarial. São modelos e experiências válidas, mas vale a reflexão: são as mudanças no mundo que estão influenciando as empresas ou as práticas das empresas é que podem contribuir para as mudanças no mundo? Acredito na segunda opção, afinal de contas “negócios devem fazer as pessoas melhores”, nas palavras de Raj Sisodia, especialista em capitalismo consciente e empresas humanizadas.

A visão de que as empresas poderiam exercer responsabilidade social começou a ser apreciada no final do século XX, enquanto o cooperativismo nasceu da necessidade de prosperidade coletiva, lá em 1844. Nascemos do compartilhamento das adversidades, ideias e soluções, bem como da crença firme de que ninguém perde quando todo mundo ganha. Nossos valores, desde sempre, preconizam a centralidade no coletivo. Diante das adversidades nos unimos para sermos mais fortes, juntos. A comunidade e os parceiros crescem com as cooperativas, só assim faz sentido e colocamos em prática os conceitos que dão identidade ao movimento: cooperação, transformação e equilíbrio.

E é assim que nascemos para ser: com a missão de zelar pelo desenvolvimento econômico e social. Acreditamos que aí deve estar a balança equilibrada. Quando um crédito é concedido da forma adequada e diante da real necessidade de um associado, propiciamos o desenvolvimento social e não apenas o econômico. O mesmo acontece diante da negativa de um crédito, oferecendo educação financeira e organização.

Levamos à sério os princípios cooperativistas, são nossos norteadores, e o 7º deles é o interesse pela comunidade. Nada mais justo do que fomentar o crescimento da comunidade local, que tanto contribui, confia e faz a cooperativa ser o que é. Nesse sentido, a FIPE traz dados que muito nos orgulham e enchem de confiança em nosso movimento: a cada 35 mil reais de crédito concedido, um emprego formal é criado na região, além de que o PIB per capita é 5,6% maior em municípios que possuem cooperativas de crédito. Nosso olhar está no associado e na comunidade, pois são nossa razão de existir.

Desde o nascimento o cooperativismo olha para a força do todo, para a renda justa e proporcional ao trabalho e para o equilíbrio do econômico e social, do individual e do coletivo e da sustentabilidade na produtividade. Acreditamos e trabalhamos para que prosperemos nós, a comunidade e o mundo. Não pararemos. Como diz Tiago Schmidt, presidente da Sicredi Pioneira, “a evolução se desenrola na direção de uma crescente complexidade, que é acompanhada por uma elevação do nível de consciência (do indivíduo e das organizações)”.


*Juliana Fendel é Educadora e Gerente de Projetos na Cooperativa Coletiva

ANTERIOR

Filantropia Premiável é a nova aposta da Icatu

PRÓXIMA

Programa irá mapear e ajudar no desenvolvimento de cooperativas na capital de São Paulo

MundoCoop

MundoCoop

Informação e inspiração para o cooperativismo.

Relacionado Posts

Manfrini Andrade é Advogado Cooperativista
ARTIGO

Cooperativismo: nossa “aposta” é na educação – Manfrini Andrade é Advogado Cooperativista

16 de maio de 2025
marcelo
ARTIGO

País continental: para atender diferentes realidades, ferramentas levam cooperativas de crédito onde pessoas querem dinheiro na mão – Marcelo Mafra é Executivo de negócios e relacionamento da Tecban

15 de maio de 2025
Rafael Brych é Gerente de Marketing & Inovação da Selbetti Tecnologia
ARTIGO

Prepare-se para a Geração Alpha: como eles vão reinventar a CX – Rafael Brych é Gerente de Marketing & Inovação da Selbetti Tecnologia

15 de maio de 2025
Mulher rural: protagonista - José Zeferino Pedrozo é Presidente da Faesc e do Senar/SC
ARTIGO

Mulher rural: protagonista – José Zeferino Pedrozo é Presidente da Faesc e do Senar/SC

14 de maio de 2025
Lyline Lim é Head de Sustentabilidade da Photoroom
ARTIGO

IA sustentável: desempenho não precisa custar o planeta – Lyline Lim é Head de Sustentabilidade da Photoroom

12 de maio de 2025
Cezar Almeida é autor do livro Líder Trekking: O Executivo e o Professor no Vale do Pati
ARTIGO

O que a mãe natureza ensina sobre liderança? – Cezar Almeida é autor do livro Líder Trekking: O Executivo e o Professor no Vale do Pati

11 de maio de 2025

Discussão sobre post

NEWSLETTER MUNDOCOOP

* Preenchimento obrigatório

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

China abre novos mercados para produtos do agro brasileiro
AGRONEGÓCIO

China abre novos mercados para produtos do agro brasileiro

18 de maio de 2025
Cooperativas são alternativas para garantir o equilíbrio comercial
INTERNACIONAL

Cooperativas são alternativas para garantir o equilíbrio comercial

18 de maio de 2025
Cooperativa financeira amplia acesso à educação com doação de mais de 2 mil kits escolares
ACONTECE NO SETOR

Cooperativa financeira amplia acesso à educação com doação de mais de 2 mil kits escolares

18 de maio de 2025
LinkedIn Instagram Facebook Youtube

FALE COM A MUNDOCOOP

MundoCoop - O Portal de Notícias do Cooperativismo

ANUNCIE: [email protected]
TEL: (11) 99187-7208
•
ENVIE SUA PAUTA:
[email protected]
•
ENVIE SEU CURRÍCULO:
[email protected]
•

EDIÇÃO DIGITAL

CLIQUE E ACESSE A EDIÇÃO 123

BAIXE NOSSO APP

NAVEGUE

  • Home
  • Quem Somos
  • Revistas
  • biblioteca
  • EVENTOS
  • newsletter
  • Anuncie

1999 - 2025 - © MUNDOCOOP. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.

Sem resultado
Ver todos os resultados
  • Home
  • Revista MundoCoop
  • Biblioteca
  • Newsletter
  • Quem Somos
  • Eventos
  • Anuncie

1999 - 2025 - © MUNDOCOOP. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.

Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você está dando consentimento para que os cookies sejam usados. Visite o nosso Política de Privacidade e Cookies.