Lançada oficialmente no mercado há um ano e meio, a marca Raízes do Campo é uma empresa cujo propósito é tornar a alimentação brasileira mais agroecológica, ou seja, com alimentos de verdade. O negócio, entretanto, existe há três anos e foi idealizado pela empreendedora Carla Guindani, que desde o início tem Andreia Matheus como sócia.
Atualmente, 1.549 famílias do campo estão envolvidas no cultivo dos alimentos transformados em produtos naturais e não transgênicos que a Raízes do Campo leva para a mesa dos consumidores. Integram a lista itens como suco, arroz, feijão, chocolate, açúcar mascavo e café. Até o segundo semestre de 2024, a ideia é ampliar a categoria cafeeira e investir na de mel. O modelo de negócio envolve mais de 1,5 mil famílias e 8 cooperativas, com presença em sete estados brasileiros.
Como lembra Carla Guindani, no ano passado, a marca trabalhava com 664 famílias, número que dobrou com a expansão dos negócios, que nasceu com a proposta de investir na estruturação de cadeias produtivas e representar marcas de cooperativas de agricultura familiar.
A Raízes do Campo atua em São Paulo (seu maior território), no Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia, Ceará e Distrito Federal. São aproximadamente 500 pontos de vendas, incluindo clientes grandes, como Sam’s Club, Quitanda, Empório Frutaria, Varanda, HortiSabor, Guanabara, Armazém do Campo, Nutrimaster, entre outros.
Também está em plataformas digitais, dentre elas Orgânicos Inbox, Raizs e Inventa. Recentemente, foi iniciada a venda online por meio do Mercado Livre e do Mercado Shops. Para o próximo ano, a expectativa é oferecer os produtos no grupo Carrefour, algo que já está em negociação. “Estamos focados em construir uma presença sólida no segmento dos saudáveis”, frisa Guindani.
Números crescentes
A Raízes do Campo nasceu para fazer a ponte entre os produtores e os consumidores. Para tanto, trabalha para a construção e desenvolvimento da marca, que traz em sua essência a história de cada família envolvida no processo.
Outro ponto é a existência de um time focado em inovação, com o objetivo de agregar valor à cadeia produtiva. Já o time comercial volta-se ao desenvolvimento de estratégias para disponibilizar ao consumidor o acesso a alimentos saudáveis.
“A Raízes do Campo compra a produção das cooperativas dentro de uma política de preço justo, que é desenvolvida em conjunto com cada uma das cooperativas envolvidas”, informa a idealizadora. As oito que atuam ao lado da marca são as mineiras Coopfam e Camponesa; a paranaense Copavi; as sul-riograndenses Terra Livre, Coopan e Monte Vêneto; a baiana Bahia Cacau e a catarinense Coopercontestado.
De acordo com Guindani, para se tornarem parceiras da Raízes do Campo, as cooperativas são avaliadas com base em três pilares: ambiental, econômico e sociocultural. Depois, estabelecem-se pontos de melhoria e ação para a evolução de cada um desses pontos.
A Raízes do Campo não abre valores de investimentos. No início de dezembro, a previsão era fechar 2023 com receita de R$ 6 milhões. “Temos expectativa de dobrar o faturamento e vender R$ 12 milhões em 2024”, revela a fundadora. Para o ano que vem, os planos são focar e investir no segmento de vendas online, aumentar o portfólio de produtos e abrir uma loja física.
Fonte: Revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios
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