O cooperativismo de Minas Gerais segue em plena expansão, ampliando a participação na economia. Em 2024, o setor movimentou R$ 157,8 bilhões, um avanço de 21,7% em relação ao ano anterior (R$ 28,8 bilhões a mais) em riquezas geradas. Com o resultado, as cooperativas responderam por 14,9% do Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais. Dessa forma, elas confirmam o papel estratégico do modelo de negócios no desenvolvimento regional. Entre os setores que cresceram e contribuíram de forma positiva para o aumento da movimentação econômica, o de infraestrutura se destaca e, proporcionalmente, registrou a maior evolução. O faturamento das cooperativas de infraestrutura saltou de R$ 33,9 milhões para R$ 514,9 milhões em um ano, alta de 1.420%, puxada pelas cooperativas de energia. Os dados são do Anuário de Informações Econômicas e Sociais do Cooperativismo Mineiro 2025, lançado nesta terça-feira (1º) pelo Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (Sistema Ocemg). É importante destacar que, no ano passado, conforme os dados da Ocemg, as cooperativas de Minas Gerais cresceram em ritmo mais acelerado do que a própria economia estadual, que avançou 3,1% e atingiu um PIB de R$ 1,06 trilhão. Para o presidente do Sistema Ocemg, Ronaldo Scucato, os números demonstram a robustez do cooperativismo mineiro. “As cooperativas estão presentes em todas as regiões do Estado, gerando oportunidades, promovendo desenvolvimento sustentável e fortalecendo a economia. Os dados do Anuário 2025 mostram que estamos no caminho certo. O setor cresceu em movimentação econômica, em número de cooperados, em empregos gerados e em presença territorial. Isso só reforça que o outro nome do cooperativismo é desenvolvimento socioeconômico”, disse. Raio-x das cooperativas em Minas Minas Gerais conta com 800 cooperativas registradas no Sistema Ocemg. Juntas, elas empregam 61,3 mil pessoas com carteira assinada. Em 2024, foram 3.889 novos postos de trabalho abertos, com um salário médio de R$ 3.724,46, valor 35,6% superior à média salarial. Outro destaque é a longevidade das entidades. Conforme os dados do anuário, 75,4% das cooperativas do Estado – ou seja, 605 entidades – têm mais de 10 anos de mercado. Destas, 88 operam há mais de 50 anos. Além de promover a geração de empregos, as cooperativas têm papel fundamental na arrecadação de tributos. Em 2024, foram R$ 3,7 bilhões destinados aos cofres públicos, um aumento de 21,3% em relação a 2023, quando a arrecadação somou R$ 3,1 bilhões. Fonte: Diário do Comércio