Puxado pelas taxas de juros do Plano Agrícola e Pecuário 2018/2019, que estão em média 1,5 ponto percentual mais baixas, o volume de crédito rural contratado junto aos bancos pelos produtores cresceu 19%, para R$ 75,36 bilhões, nos cinco primeiros meses da atual temporada, entre julho e novembro, em relação ao mesmo período da safra passada (2017/2018). O Balanço do Financiamento Agropecuário, elaborado pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, foi divulgado nesta quinta-feira (6).
Todas as modalidades e linhas de crédito agrícola registraram alta no período. As operações de custeio agropecuário somaram R$ 43,4 bilhões, resultado 15% superior ao registrado no mesmo intervalo do ciclo passado. Com crescimento de 19%, o desembolso com industrialização chegou a R$ 3,4 bilhões. Já os valores contratados na linha comercialização alcançaram R$ 13 bilhões no período, alta de 19%.
Os empréstimos para investimento totalizaram R$ 15,5 bilhões, 37% de incremento na mesma comparação, o que evidencia a ocorrência da recuperação dos níveis de investimentos no campo. De acordo com a SPA, a maior procura pelos recursos utilizados para investimento concentra-se na aquisição de máquinas, implementos, armazenagem e infraestrutura das propriedades em geral
Entre os programas de investimento, se destaca o desempenho do crédito rural no âmbito dos programas ABC (Agricultura de Baixo Carbono), Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) e Inovagro (Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária), cujas condições de financiamento são mais favoráveis.
De acordo com o balanço da SPA, o valor dos financiamentos realizados na atual safra, ao longo dos últimos cinco meses, e o aumento observado em relação a igual período da safra anterior foram de R$ 1 bilhão (+119%) para o programa ABC. Já o PCA alcançou R$ 506 milhões (+100%) e o Inovagro, R$ 563 milhões (+84%)
Para o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Wilson Vaz de Araújo, “o desempenho favorável desses programas revela a importância e a prioridade atribuídas ao processo produtivo sustentável, a necessidade de aumentar a capacidade estática de armazenagem frente a safras cada vez maiores e, por fim, a forte demanda por tecnologia, inovação e modernização do setor agropecuário.
Outros programas de investimento que tiveram expansão nas contratações de crédito rural foram o Moderagro (Programa de Modernização da Agricultura e Conservação de Recursos Naturais) (+224%) e o Programa de Desenvolvimento Cooperativo – Prodecoop (+348%), atingindo, respectivamente, R$ 591 milhões e R$ 378 milhões.
Confira o Boletim do Financiamento Agropecuário da safra 2018/2019
Fonte: MAPA
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