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ISO 42001: Como o selo global de IA vai redefinir a inovação no Brasil – Plínio Pereira é gerente da área de sistemas da TÜV Rheinland

Mundo Coop POR Mundo Coop
11 de agosto de 2025
ARTIGO
Plínio Pereira é gerente da área de sistemas da TÜV Rheinland

Plínio Pereira é gerente da área de sistemas da TÜV Rheinland

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Em 2024, os gastos com projetos de Inteligência Artificial (IA) no Brasil ultrapassaram R$ 2,2 bilhões, com destaque para a IA generativa, cujos investimentos mais que dobraram em relação ao ano anterior. De acordo com uma pesquisa da IDC (International Data Corporation), a IA já figura entre as três principais prioridades de investimento das organizações brasileiras, ao lado de tecnologias como cloud computing e segurança da informação. 

A tendência é que essa posição se fortaleça ainda mais nos próximos anos, com orçamentos maiores destinados à automação inteligente, análise avançada de dados e IAs generativas. Algumas projeções de mercado, inclusive, indicam que o mercado brasileiro de IA pode atingir US$ 50 bilhões de receita em 2030. 

Com esse avanço, cresce também a preocupação com governança tecnológica, ética e confiança. Nesse contexto, normas internacionais têm um papel fundamental em orientar boas práticas. Em especial, a ISO/IEC 42001:2023 se tornou uma referência central – trata-se do primeiro padrão internacional para sistemas de gestão de IA (AI Management System). Publicada em dezembro de 2023, a ISO 42001 estabelece requisitos para que organizações implementem, mantenham e aprimorem um sistema de gestão voltado à IA confiável​.

A norma cobre uma série de controles e processos, incluindo gestão de riscos, avaliação de impactos de sistemas de IA, gestão do ciclo de vida do algoritmo ou modelo e gestão de fornecedores e terceiros ligados à IA. O arcabouço oferece uma estrutura para que empresas desenvolvam e utilizem a IA de forma responsável, transparente e alinhada a princípios éticos, em linha com padrões similares já existentes em segurança da informação, tais como a ISO 27001.

Benefícios da ISO 42001

A adoção de normas como a ISO/IEC 42001 tem como objetivo central construir confiança, tanto internamente nas organizações quanto externamente, com clientes e a sociedade em geral. Um dos principais benefícios proporcionados por essa certificação é uma gestão mais rigorosa dos riscos. 

Isso ocorre porque a norma determina que as empresas implementem processos sistemáticos para identificar, analisar e monitorar riscos em todo o ciclo de vida dos sistemas de IA. Essa abordagem ajuda a mitigar problemas específicos relacionados à tecnologia, como vieses algorítmicos, decisões incorretas ou tratamento injusto de indivíduos, tornando as aplicações de IA mais seguras e confiáveis desde sua concepção.

Outro ponto importante é o aumento significativo da confiança e da reputação no mercado. Ao aderir a padrões internacionais como a ISO 42001, a empresa transmite ao consumidor um claro compromisso com a qualidade, ética e responsabilidade na utilização da IA. Essa conformidade funciona como um selo de credibilidade e confiança, facilitando a aceitação das soluções pela sociedade, especialmente em áreas sensíveis, como saúde, finanças ou transporte autônomo, onde segurança e confiabilidade são fundamentais para o sucesso das aplicações.

Além disso, a implementação de um sistema de gestão de IA alinhado à ISO 42001 gera uma melhoria expressiva na governança tecnológica, resultando em processos internos mais robustos e eficientes. A norma também prepara a organização para enfrentar futuras regulamentações, como a Lei Europeia de IA (EU AI Act), colocando-a um passo à frente na adequação aos requisitos legais emergentes sobre o uso ético e responsável da Inteligência Artificial.

Mudanças no ambiente de inovação brasileiro

A chegada da ISO 42001 no Brasil –cujas primeiras empresas certificadas começaram a surgir apenas no final do ano passado – marca um ponto de virada na forma como empresas brasileiras abordam a IA, estabelecendo padrões claros para um desenvolvimento tecnológico responsável e ético. Ao exigir processos sistemáticos para identificar e gerenciar riscos como vieses algorítmicos e decisões automatizadas injustas, a certificação garante que as soluções de IA sejam projetadas desde o início para serem confiáveis, transparentes e seguras. Isso, por sua vez, permite às empresas brasileiras inovar com mais segurança, acelerando o desenvolvimento tecnológico e abrindo novas oportunidades de mercado.

Além disso, a adoção desse selo global aumenta significativamente a confiança do consumidor, especialmente em áreas críticas como saúde, finanças e mobilidade. Empresas certificadas pela ISO 42001 enviam uma mensagem clara ao mercado sobre seu compromisso com a qualidade, ética e responsabilidade tecnológica. Esse “selo de confiança” torna mais fácil para as organizações brasileiras introduzir inovações disruptivas, pois diminui a resistência natural dos usuários a novas tecnologias baseadas em IA, contribuindo para uma aceitação mais rápida e ampla das soluções no cotidiano das pessoas.

Do ponto de vista competitivo, a implementação da ISO 42001 reforça a governança tecnológica interna das empresas. Ao seguir essa norma, as organizações desenvolvem processos internos robustos que garantem uma gestão mais eficaz e responsável da Inteligência Artificial. Isso não só reduz riscos operacionais e jurídicos, como também posiciona as empresas brasileiras à frente das exigências regulatórias emergentes no cenário internacional. Assim, empresas certificadas terão vantagens estratégicas claras ao negociar com parceiros internacionais, atraindo investimentos e ampliando seu potencial competitivo.

Em suma, empresas que seguirem normas internacionais (como ISO/IEC 42001), adotarem frameworks de IA responsável e mantiverem a ética como parte do design de suas soluções tendem a estar na vanguarda, obtendo não só avanços tecnológicos, mas também capital reputacional junto aos consumidores. Por sua vez, aquelas que ignorarem a governança poderão encontrar dificuldades em escalar suas inovações e conquistar o mercado, arriscando ficar para trás numa economia cada vez mais orientada por confiança digital. 

Em última instância, investir na governança de IA não é um custo, mas um habilitador de inovação sustentável, garantindo que a revolução da Inteligência Artificial traga benefícios tanto para os negócios quanto para a sociedade, de forma segura e digna da confiança de todos.


Plínio Pereira é gerente da área de sistemas da TÜV Rheinland

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