A cooperativa de café Cafesul, de Muqui (ES), participou da Biofach, uma das maiores feiras de produtos orgânicos do mundo e a maior da Europa. O evento ocorreu entre os últimos dias 11 e 14 de fevereiro, em Nuremberg, na Alemanha. A coop foi representada pelo seu vice-presidente, José de Oliveira. A delegação brasileira foi formada por 24 empresas e coops.
O vice-presidente da Cafesul conta que preparou cafés diversas vezes no estande em que ficou, o que atraiu um volume elevado de visitantes e potenciais compradores. Para ele, o fato evidencia a qualidade e o potencial de mercado do produto.
“Toda hora o estande ficava lotado, porque as pessoas queriam conhecer o nosso café. Consequentemente, as grandes empresas vieram para conversar, conhecer e comprar os nossos produtos. Comercialmente, essa feira é uma vitrine muito importante para o nosso café”, relata Oliveira.
Além de expor seus cafés especiais e orgânicos, a Cafesul colaborou com três chefes renomados na criação de uma sobremesa chamada Tiramisù, demonstrando a versatilidade do café conilon capixaba na gastronomia internacional. Os chefes foram contratados pela ApexBrasil e pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA).
“O cook show foi feito na hora, com as pessoas assistindo, e foi muito legal quando uma das chefes falou que o café era nosso. As pessoas bateram palmas e puderam provar a sobremesa”, recorda o representante da Cafesul.
A ApexBrasil e o MDA também custearam a infraestrutura do estande da coop e disponibilizaram tradutores. Já o Sistema OCB Nacional e o Sistema OCB/ES arcaram com as passagens.
Crescimento no mercado internacional
A exposição representa uma oportunidade de crescimento em negócios e parcerias com o comércio exterior para a Cafseul. O vice-presidente da coop acredita que o conhecimento dos compradores internacionais sobre a qualidade do café conilon auxilia nesse processo.
“Várias empresas, indústrias e pequenas torrefações vieram até o nosso estande. Recebemos até propostas de empresas que estão interessadas em comprar o café Fairtrade que não seja orgânico. Uma delas nos sugeriu fornecer 20 contêineres por ano. Acredito que teremos bons negócios no futuro para a Cafesul”, avalia José de Oliveira.
A liderança afirma que a gestão da cooperativa e seus conhecimentos sobre o mercado externo estão evoluindo. “Mesmo que já estejamos exportando o nosso café, prevendo que, em pouco tempo, nosso crescimento nas vendas internacionais vai ser exponencial. As pessoas estão nos conhecendo. Alguns compradores até virão nos visitar”, revela.
De acordo com o analista de Desenvolvimento Cooperativista do Sistema OCB/ES, Vinícius Schiavo, o crescimento da Cafesul demonstra o interesse de outros países na cafeicultura capixaba.
“O café colinon produzido no Espírito Santo tem atraído cada vez mais olhares por parte dos compradores internacionais. Esse é um mercado promissor para as cooperativas, que cada vez mais devem investir na qualidade e agregar valor aos seus produtos, inclusive no âmbito do ESG, adotando boas práticas que o mercado recomenda”, avalia.
Fonte: OCB/ES com adaptações da MundoCoop