A demanda de candidatos as vagas nas áreas de TI só crescem. Segundo uma pesquisa realizada com 3 mil entrevistados pela Alura Para Empresas, 78% deles pretende migrar para esse setor.
O mundo Tech nunca esteve tão aberto à mão de obra especializada, de acordo com uma estimativa da Brasscom, a associação das empresas do setor de tecnologia. Até 2025, o mercado brasileiro segue aquecido e pretende selecionar mais de 797 mil profissionais.
Porém existem alguns problemas enfrentados pelas empresas interessadas nesses profissionais, um deles é a falta de candidatos especializados. Segundo a Brasscom estima-se que exista uma carência de 400 mil profissionais no setor.
Para tentar minimizar as dificuldades das empresas encontrarem os colaboradores ideais e evitar a alta rotatividade, o mercado criou o Tech Recruiter, um profissional especializado em entrevistar desenvolvedores e candidatos exclusivamente para essa área.
Figura chave
Frederico Sieck, CEO da KOUD explica que esse personagem passou a ser uma figura interessante nas empresas, por vários motivos, um deles é o de que por serem mais capacitadas entendem da linguagem que os desenvolvedores falam e desta forma agilizam o processo seletivo. “A empresa que utiliza uma Tech Recruiter tem mais agilidade e qualidade no processo seletivo, pois entendem o que o aquele desenvolvedor está procurando”, conta.
A função do Tech vai desde buscar os canais mais indicados para os recrutamentos até todas as fases do processo seletivo.
A atuação desses profissionais é bem simples, eles recebem um resumo da descrição da vaga e vão em busca do profissional qualificado para ela.
Sieck, conta que os Tech usam o Recruiter Linkedin, que facilita as suas buscas. “Não existe dificuldade para se tornar um Tech Recruiter, basta se qualificar e começar a atuar na área. Hoje em dia tem vários cursos na internet sobre como ser um Tech Recruiters, que passam desde a parte comportamental até a parte técnica. Aqui já contratamos pessoas que não tinham experiência de trabalho e conseguiram entrar na Kou trazendo bons resultados até hoje”, lembra Sieck.
Prós e contras
No entanto, existem os dois lados de se ter um Tech Recruiter na empresa, o lado bom é ter uma pessoa qualificada e pronta para poder atender o mercado tech. “O outro lado é que por ser uma pessoa específica para entrevista tech, se você precisar dela para outro tipo de vaga e pode ser que a qualidade do processo não seja tão boa. No final, o RH pode se beneficiar reduzindo o tempo de contratação, pois encontrará um profissional mais capacitado para a vaga”. Lembra Frederico.
Mais estratégico
Na opinião de Jaqueline Tiburcio, do Marketing da Selecty uma empresa que ainda não digitalizou seus processos de RH pode estar ficando para trás até mesmo em relação aos concorrentes.
É importante não só que a tecnologia esteja no RH, por meio do Tech Recruiter, mas que essa seja uma estratégia da equipe. “A cultura digital deve ser incorporada na equipe, e é aí que entra o trabalho da empresa fornecedora da tecnologia, os Techs, que deve ir além do software e ser responsável também pela introdução dessa cultura nas equipes”, conta.
Jaqueline explica que as HR tech e sistema de R&S fornecem tecnologia e metodologia que ajudem o RH a se tornar mais estratégico e muito mais ativo dentro das empresas.
“Costumamos falar em “colocar o RH como coração da empresa”, pois ele otimiza o tempo e traz agilidade aos processos, passa a ter mais organização, contratações mais assertivas, diminui o turnover de funcionários e tem transparência com indicadores reais da operação. Uma empresa que ainda não digitalizou seus processos de RH pode estar ficando para trás até mesmo em relação aos concorrentes”, lembra.
Não são apenas as empresas que podem se beneficiar com o Tech Recruiter, mas as cooperativas. Tiburcio explica que nesse caso, por terem diferentes centros de custos, filiais e processos, esses profissionais são essenciais. “Pois há uma enorme necessidade de controle e ter visão clara do que está acontecendo. Com um bom sistema é possível centralizar seus processos e todos os envolvidos em um único lugar, com comunicação organizada, visões objetivas, em tempo real e os controles de prazos”, lembra Jaqueline.
Por Priscila Paula – Redação MundoCoop
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