Um levantamento realizado no final do ano passado pela Praxis Business durante a 6ª edição da pesquisa Franchising Frame com 131 fraqueadoras do país, somando 28,5 franquias de setores diferentes, como: alimentação (25,2% da amostra); saúde, beleza e bem-estar (18,3%); moda (13,7%); serviços e outros negócios (9,9%); casa e construção (9,2%); outros (7,6%); serviços educacionais (4,6%); limpeza e conservação (3,8%); serviços automotivos (3,1%); entretenimento e lazer (2,3%); hotelaria e turismo (1,5%); e comunicação, informática e eletrônicos (0,8%), apontou que 60,3% teve um faturamento superior ao dos anos anteriores à pandemia.
Entre as marcas entrevistadas, 47, 3% fecharam 2022 com um crescimento de mais de 15% em comparação a 2021.
Um dos motivos desse crescimento pode ser a adaptação aos novos tempos. Pelo menos foi isso o que também mostrou a pesquisa, com as 71% das franqueadoras que adotaram mudanças em seus negócios, delas 54% absorveram os canais digitais ou as práticas de omnicanalidade; 47% fizeram a digitalização de processos, produtos ou serviços; 39% adotaram modelos de negócios mais enxutos (com menos investimento); 29% adotaram novos produtos; e 24% adotaram novos serviços.
Para se ter uma ideia dessa adaptação, 53,7% dos franqueados percebem no e commerce uma oportunidade para gerar mais receita ou fluxo na loja.
Boa parte do setor adotou à omnicanalidade, que integra os canais de venda, apesar de ainda haver 29,8%, afirmar que não trabalham com os digitais. Deles 43% já operam de forma integrada com o “compre online e retire na loja”, enquanto 36% atuam por meio da “entrega a partir da loja e 14% por meio de prateleira infinita. Apenas 8,7% das redes que trabalham com canais físicos e digitais operam com as três modalidades de integração investigadas pela pesquisa.
Desafios
No entanto, nem tudo são boas notícias no setor. Um dos maiores desafios dele é com a gestão de pessoas, em seguida vem o perfil do franqueado inadequado para o negócio, dificuldade para a venda de novas franquias, marketing na rede e baixo engajamento dos franqueados e suas equipes. Entre os dez principais desafios, surge um item inédito, que ainda não havia aparecido nas pesquisas anteriores: gestão das redes sociais próprias ou dos franqueados.
A pesquisa aponta que o maior motivo de fechamento de franquias está associado ao comportamento do franqueado. Pouco mais de 45% das redes investem no máximo R$ 50 mil por ano em treinamentos, enquanto, apenas 16,7% aplicam mais de R$ 300 mil.
De acordo com Marilia Saveri, sócia da Praxis Business, explica que as franqueadoras procuram franqueados com mais soft skills, como atitude e relacionamento, mas ainda é baixo o investimento em treinamento com foco em questões comportamentais. “O princípio do sistema de franquia é a transferência de conhecimento, como afirmar que isso está sendo feito se investimos tão pouco em capacitação?”, afirma.
Por Priscila de Paula – Redação MundoCoop
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