As cooperativas financeiras ganham protagonismo na nova etapa do Selo de Prevenção a Fraudes 2025, concedido pela Confederação Nacional das Instituições Financeiras (Fin). Entre as 22 instituições reconhecidas, Sicredi, Sicoob e Unicred se destacam como referências em segurança, governança e educação contra golpes.
O Selo, criado em 2024, reúne bancos, fintechs, neobancos e instituições de pagamento sob padrões comuns de prevenção a fraudes. A avaliação da Fin mobiliza oito pilares técnicos e envolve análises, reuniões e verificação de práticas de risco. No primeiro ciclo, 17 instituições foram certificadas; agora, 22 alcançam o reconhecimento, com forte presença das cooperativas.
Cooperativas certificadas
O Sicredi renova o Selo e reforça sua política de prevenção a fraudes para mais de 9,5 milhões de cooperados. A instituição mantém governança sólida, tecnologia avançada e ações permanentes de conscientização. Marcus Barboza, diretor executivo de Riscos, afirma que a renovação do selo comprova a eficácia das medidas adotadas pela instituição. “Receber o Selo de Prevenção a Fraudes é um endosso importante que atesta o rigor e a maturidade das nossas políticas de segurança. Seguimos investindo em tecnologia, processos e educação para garantir um ambiente financeiro seguro”, expressou.
O Sicoob fortaleceu a resposta a golpes ao incluir no aplicativo o botão de contestação de Pix, conforme diretriz do Banco Central. O recurso permite que o cooperado conteste transações suspeitas imediatamente, aumentando as chances de recuperação do valor. A ferramenta reforça a estratégia de segurança digital do sistema cooperativo e reduz a necessidade de deslocamentos.
A Unicred avançou na prevenção com a divulgação de novos materiais educativos sobre golpes, engenharia social e segurança digital. O sistema reforça a importância do conhecimento como ferramenta essencial de proteção e mantém foco na capacitação dos cooperados.
Avanço do setor financeiro
A cerimônia de entrega ocorreu em São Paulo e reuniu Febraban, ABBC, Acrefi e Zetta. A diretora-superintendente da Fin, Cássia Botelho, explica que o processo de avaliação mobilizou quase 7 mil horas de trabalho técnico e 60 reuniões. Em 2026, um comitê técnico das entidades associadas assumirá a expansão da iniciativa.
Lideranças do setor reforçam a necessidade de ação contínua contra golpes. Ivo Mósca, da Febraban, afirma que as instituições não podem recuar frente ao crime digital. Eduardo Lopes, da Zetta, aponta que a digitalização intensifica a exposição das pessoas. Felipe Natale, da ABBC, ressalta o avanço das quadrilhas e a sofisticação dos métodos fraudulentos.
Exigências do Selo
Para manter o Selo, as instituições precisam comprovar:
- governança de segurança e gestão de riscos transacionais;
- processos de prevenção, detecção e resposta a fraudes;
- ações educativas permanentes;
- práticas rigorosas na abertura de contas;
- parcerias externas para ampliar mecanismos de proteção.
Com três instituições certificadas, o cooperativismo financeiro, mais uma vez, confirmou a dimensão do setor frente ao avanço da segurança digital no Brasil.
Fonte: Finsider Brasil com adaptações da MundoCoop












