No competitivo cenário empresarial, atrair e reter talentos engajados é mais do que uma vantagem competitiva – é essencial para o crescimento sustentável das organizações. Se uma empresa tem percebido um aumento no número de colaboradores que deixam a equipe, é possível que esteja enfrentando o desafio do turnover, fenômeno que se caracteriza pela alta rotatividade de funcionários. Segundo um estudo conduzido pela Robert Half em 2022, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), o Brasil se destaca como o país com o maior índice de turnover do mundo.
De acordo com Rica Mello, gestor de pessoas, palestrante e empreendedor em diversas áreas de atuação, o engajamento dos colaboradores não apenas impulsiona a produtividade, a inovação e a qualidade do trabalho, mas também fortalece a cultura corporativa e promove um ambiente de trabalho positivo e colaborativo. “Investir na identificação e atração de profissionais capazes de demonstrar alto engajamento é uma estratégia fundamental para empresas que buscam se destacar. É aqui que entra a importância de técnicas eficazes para identificar e recrutar esses talentos”, acrescenta.
Ainda de acordo com a pesquisa, o Brasil experimentou um aumento de 56% no turnover, superando países europeus como Reino Unido (43%), França (51%) e Bélgica (45%). Um dado relevante é que o número de saídas voluntárias em comparação com os desligamentos aumentou de 33% para 48%, indicando um crescimento orgânico desse movimento. Entre as principais razões apontadas estão a má qualidade do clima organizacional, a falta de alinhamento de expectativas, a ausência de reconhecimento e a falta de um plano de carreira estruturado.
“Desde a elaboração de descrições de cargo claras e atraentes até a realização de entrevistas comportamentais detalhadas, cada etapa do processo de recrutamento deve ser projetada para avaliar habilidades técnicas, alinhamento cultural e o potencial de engajamento do candidato”, diz o especialista. Para ele, atrair talentos engajados é uma prioridade de qualquer empresa que busca se destacar em seu mercado. É preciso identificar esses profissionais, mas também criar um ambiente que os mantenha motivados e comprometidos com os objetivos da organização.
Além disso, uma vez que os talentos engajados são recrutados, é fundamental fidelizá-los, ou seja, manter esse engajamento ao longo do tempo. Isso inclui proporcionar oportunidades de desenvolvimento profissional, reconhecimento e feedback contínuo, bem como promover uma cultura de transparência e comunicação aberta.
“Nesse contexto, os head hunters podem desempenhar um papel crucial. Com sua expertise e rede de contatos, eles ajudam a identificar e atrair os colaboradores certos para suas necessidades específicas, garantindo uma seleção mais precisa e eficiente”, explica Rica. Em resumo, a retenção de talentos engajados não se resume apenas a oferecer salários competitivos; trata-se também de cultivar um ambiente de trabalho inclusivo, que valorize o bem-estar dos colaboradores e promova um senso de propósito e pertencimento.
“Ao investir no desenvolvimento profissional e pessoal de seus funcionários e ao criar oportunidades significativas de crescimento, as empresas podem garantir não apenas que esses colaboradores vistam a camisa por um período longo de tempo, mas também o seu contínuo engajamento e contribuição para o sucesso organizacional. Quer dizer, uma boa estratégia beneficia todos os lados”, conclui.
Fonte: Imprensa
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