O cooperativismo de força mundial. E em todos os lugares onde está presente, é sinônimo de transformação e crescimento. No Brasil, apesar de ser uma força nacional, o setor ainda é desconhecido por muitos. Hoje, um trabalho de conscietização sobre o movimento é vital, e as cooperativas atuam diretamente para levar os objetvos do movimento para mais pessoas.
Mostrar a força do cooperativismo e o que ainda pode ser feito foi o objetivo do Global Innovation Co-op Summit, evento realizado em Paris entre os dias 25 e 25 de setembro, e que buscou mostrar como as cooperativas podem enfrentar os desafios globais, como mudanças climáticas, digitalização e a desigualdade.
Como as cooperativas podem impactar ainda mais vidas? Para trazer novas perspectivas, a MundoCoop conversou com Inmaculada Buendía Martínez, PHD em Administração de Empresas pela Universidade Complutense de Madrid (Espanha). Em conversa, realizada durante o evento em Paris, ela traz um panorama sobre o cooperativismo no Brasil e no mundo, e como o movimento se posiciona atualmente.
Confira!
MundoCoop: No Brasil, as cooperativas preocupam-se com o desenvolvimento local de seus cooperados, como é essa experiência nos países em que a senhora atua?
O desenvolvimento local dos membros é uma preocupação global das cooperativas, embora com diferenças, dependendo se estamos em ambientes urbanos ou rurais. O envelhecimento da população rural nos países da OCDE está colocando muitos desafios, especialmente em termos de renovação geracional. Por exemplo, o declínio do peso econômico da atividade agrícola e a aposentadoria dos agricultores ameaçam a sobrevivência de muitas cooperativas. No nível urbano, muitas cooperativas têm que lidar com o fato de que muitos de seus membros evitam ser excluídos de múltiplos serviços que os levam indesculpavelmente a uma situação de exclusão social.
MundoCoop: Os brasileiros ainda conhecem muito pouco sobre o sistema cooperativista, mas sabem que as vantagens das cooperativas de crédito são enormes, isso também acontece com as cooperativas do exterior?
Os membros das cooperativas em todo o mundo estão cientes das vantagens das cooperativas de crédito não apenas do ponto de vista individual, mas também do ponto de vista coletivo. As cooperativas de crédito são instituições cujos membros são consumidores de serviços financeiros porque têm dificuldades de acesso aos serviços financeiros oferecidos por outras instituições bancárias. Se considerarmos que os serviços financeiros são um bem público, as cooperativas não só os tornam acessíveis, mas também permitem que o preço desses serviços seja inferior ao dos concorrentes, dado que a identidade consumidora significa que a rentabilidade é avançada na redução dos preços. Mas também de uma perspectiva coletiva, as cooperativas contribuem para o desenvolvimento dos territórios nos quais estão estabelecidas, apoiando diversos projetos sociais que têm impacto sobre os membros, os cidadãos dessas comunidades.
O desenvolvimento local dos membros é uma preocupação global para as cooperativas, embora haja diferenças dependendo se elas estão em ambientes urbanos ou rurais. O envelhecimento da população rural nos países da OCDE está colocando muitos desafios, especialmente em termos de reposição geracional. Por exemplo, o declínio do peso econômico da atividade agrícola e a aposentadoria dos agricultores ameaçam a sobrevivência de muitas cooperativas. No nível urbano, muitas cooperativas têm que lidar com o fato de que muitos de seus membros evitam ser excluídos de múltiplos serviços que os levam indesculpavelmente a uma situação de exclusão social.
Por Redação MundoCoop
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