Uma pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva com 1500 jovens de 16 a 34 anos, durante os dias 1 e 19 de setembro de 2022, em 26 estados e o Distrito Federal, contatou que esse grupo concentra a segunda maior renda, ficando atrás apenas do Estado de São Paulo. Trata-se de um grupo expressivo dentro do cenário econômico já que a classe média representa 70% da população, contabilizando mais de 116 milhões de brasileiros, sendo 41,4 milhões de jovens.
O estudo foi além de números, apontou as diversas características desse grupo consumir e fazer os seus negócios.
Essa geração é conhecida como a de nativos digitais, por basearem os seus relacionamentos em conexões e redes sociais, se preocupam com a sociedade como um todo e são consumidores criativos, que estão cada vez mais próximos das marcas. A classe média têm as redes sociais como segundo ativo mais importante da sua vida, perdendo apenas para os apps de banco entre os mais jovens, e plataformas de mensagens instantâneas para a geração de 35+.
A pesquisa apontou que eles querem espaços e plataformas onde se sintam representados, 84% disseram se identificar com marcas que trazem elementos do seu dia a dia e 77% preferem marcas que valorizam a cultura local do país
Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva explicou que: “Essa geração representa um mercado com muito potencial no Brasil. Eles são um público mais digitalizado, mais escolarizado e mais ativo economicamente comparados ao total da população”.
O estudo destaca que esses jovens consideram características importantes na definição da própria identidade: a dimensão racial (41%), a idade (47%) e o gênero (58%). Entre a população com mais de 35 anos, a composição mudar para: papel na família (52%) em primeiro lugar, seguido por gênero (50%) e trabalho/profissão (48%).
Os assuntos considerados como importantes para essa geração ficaram com: a música (60%), e 7 entre cada 10 jovens da classe média consideram fundamental conhecer novos artistas. Carreira (57%) e bem-estar (56%).
Eles se reconhecem mais com as marcas, do que os mais seniores, sendo que 72% revelam que têm uma que define a sua identidade.
O estudo demonstra que, enquanto a classe média de até 34 anos se identifica mais com marcas esportivas, aqueles do mesmo estrato com 35 anos ou mais preferem as que estão ligadas à tecnologia.
A pesquisa também revela que a principal categoria de consumo entre os jovens desse segmento é o vestuário (60%). Higiene e beleza (54%) e alimentos para preparar (54%).
Quanto o tema é finanças, a opção é pelacombinação de contas entre bancos digitais e tradicionais, tanto dos jovens quanto para os mais velhos. Porém, entre os últimos é mais frequente o uso exclusivo das instituições tradicionais e entre os primeiros é mais corriqueiro o acesso exclusivo aos digitais.
Somente 12% dos jovens possuem contas abertas apenas em bancos tradicionais, 28% em bancos digitais, 50% possuem ambas e 10% declararam não ter conta em nenhuma instituição financeira.
Por Priscila Paula – Redação MundoCoop
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