Com as novidades na linha de crédito Procapcred, reformulada em fevereiro pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Sicredi estima disponibilizar R$ 500 milhões para associados que desejem investir em capital social. No total, o governo federal alocou R$ 2 bilhões nesta linha durante a sua vigência, ou seja, o Sicredi projeta ser responsável por 25% do valor, reforçando a parceria de 25 anos entre as instituições.
“A reformulação dessa linha foi uma iniciativa muito importante do BNDES, pois o capital social é fundamental para a atuação das cooperativas e a sua ampliação resulta em maior capacidade de atender mais pessoas. As condições desta linha de crédito estão mais atrativas, possibilitando a ampliação do público beneficiado e do limite de financiamento. O investimento no capital social gera uma reserva de capital ao associado, sendo remunerada anualmente e, ao mesmo tempo, ele está fortalecendo a sua cooperativa”, afirma Mariana Zaniol, gerente de Crédito Direcionado do Sicredi.
O Procapcred destina crédito aos associados pessoas físicas, residentes e domiciliados no Brasil, e pessoas jurídicas dedicadas a atividades de produção rural, pesqueira ou industrial, comércio ou serviços. O limite máximo de financiamento é de R$ 100 mil, a cada dois anos, com prazo de até 15 anos para quem mora ou possui sede nas regiões Norte e Nordeste e até 12 anos ao público das demais regiões.
Benefícios do cooperativismo
De acordo com o Banco Central, o cooperativismo de crédito está presente em mais da metade das cidades do país e representa 7,5% dos ativos totais do Sistema Financeiro Nacional (SFN), com ampliação contínua de sua presença física no país, um crescimento a taxas maiores que o conjunto dos demais segmentos do sistema. No total, são 799 cooperativas no Brasil, com 8.323 postos de atendimento. Juntas, as instituições possuem uma carteira de crédito de R$ 383 bilhões e R$ 590 bilhões em ativos totais.
Estudos têm comprovado que a atuação das cooperativas de crédito gera benefícios diretos e indiretos à sociedade. De acordo com trabalho de 2019 da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) para avaliação de dados de todas as cidades brasileiras com e sem cooperativas de crédito, nas regiões onde há uma ou mais cooperativas, o impacto agregado em um ano foi de mais R$ 48 bilhões, 70 mil novas empresas e 278 mil postos de trabalho. Também foi constatado que a cada R$ 1,00 concedido de crédito, R$ 2,45 são gerados em valor agregado na economia local, criando mais vagas de trabalho e estimulando o empreendedorismo local.
“O relacionamento que as pessoas têm com as cooperativas é diferenciado, pois unifica o benefício pessoal de acessar taxas mais justas e ter direito a participação nos resultados, bem como, ter o benefício coletivo de fortalecer uma instituição que gera impacto positivo, sobretudo no apoio da economia local. Investir no capital social é um exemplo vivo dessa dinâmica”, contextualiza Zaniol.
Fonte: Imprensa Sicredi
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