O cooperativismo brasileiro está traçando um caminho de crescimento e inovação através de uma série de missões internacionais estratégicas. Com foco na troca de conhecimentos, na adaptação a novas tecnologias e na construção de parcerias sólidas, essas iniciativas estão fortalecendo diversos ramos do setor e impulsionando o desenvolvimento sustentável em todo o país.
Entre exemplos recentes, gestores do Sicredi embarcaram em uma missão rumo à China, o maior mercado fintech do mundo, para observar tendências em tecnologia financeira e soluções digitais. Essa imersão visou a reflexão sobre a necessidade de adaptação contínua às transformações tecnológicas globais, mantendo sempre o associado no centro das estratégias das cooperativas de crédito.
De acordo com Edison Silva, a missão à China despertou nos participantes a reflexão sobre a necessidade de adaptação contínua frente às transformações tecnológicas globais, sempre mantendo o associado no centro das estratégias. “A China nos mostra um pouco, hoje, do que será nosso futuro no Brasil, porque é nítido o desenvolvimento chinês em diversos setores. Precisamos estar preparados para essas mudanças, que ainda não chegaram aqui”, apontou Edison Silva, diretor de desenvolvimento de negócios da Central Sicredi Sul/Sudeste.
Ainda olhando para transformações no país, o setor de seguros, agora um novo ramo no cooperativismo brasileiro, também tem buscado em países vizinhos alguns aprendizados. Em missão técnica na Argentina, representantes se aprofundaram nos modelos de cooperativas de seguros do país vizinho. A delegação brasileira, que incluiu porta-vozes do Sistema OCB e do Ramo Crédito, buscou trocar experiências e formular diretrizes para um setor de seguros cooperativo forte e resiliente no Brasil, obtendo clareza sobre a estruturação de cooperativas de seguros competitivas.
No setor de transporte, as cooperativas têm se beneficiado de missões que proporcionam acesso direto a tecnologias de ponta, estimulando a inovação, a sustentabilidade e a eficiência. Essas viagens facilitam novas estratégias para importações coletivas e negociação de veículos e equipamentos, reforçando o papel do cooperativismo na transição energética e no acesso a mercados globais. Além disso, promovem parcerias estratégicas entre empresas internacionais e cooperativas brasileiras, fomentando a cooperação entre países.
Sustentabilidade e capacitação em foco
A sustentabilidade também é um pilar dessas missões, sobretudo no ano em que o Brasil sedia a COP30. Representantes do cooperativismo brasileiro, da pesquisa agroflorestal e de empresas de agricultura sustentável foram à Costa Rica para estudar o renomado modelo de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). O objetivo é avaliar a aplicabilidade dessas práticas no Brasil, gerando insumos para políticas públicas e consolidando a agenda ambiental do cooperativismo brasileiro.
Finalmente, o Brasil tem se tornado um polo de intercâmbio, recebendo integrantes de cooperativas portuguesas e africanas na Confebras. Os encontros visaram aproximar culturas, compartilhar experiências e abrir novas frentes comerciais, destacando as soluções brasileiras em negócios, capacitação e intercooperação.
Para Paulo Teixeira, a relação com a Confebras é especial e a visita foi importante para que a comitiva aprendesse com uma instituição de formação e capacitação. “A Confederação tem uma equipe fantástica, com profissionais muito dedicados e que fazem eventos que são modelos para nós. Na visita, pudemos assistir a uma apresentação dos serviços oferecidos e aprender mais sobre o modelo de intercooperação. Vamos aceitar o convite da Confebras para participar do 5º Fórum Integrativo, em outubro, em João Pessoa, e do próximo Concred – Congresso Brasileiro de Cooperativismo de Crédito, no próximo ano, em Goiânia. E esperamos também os cooperativistas brasileiros na próxima Cimeira, em Porto”, afirmou.
Tais iniciativas estão se provando cruciais para o cooperativismo brasileiro, que se moderniza e se fortalece ao absorver novas práticas, tecnologias e modelos de gestão de diversos países, garantindo um futuro mais próspero e inovador para seus associados e comunidades.
Com informações de Sistema OCB/Sicredi/Sistema Ocesp, e adaptações de Redação MundoCoop