O cooperativismo segue ampliando a relevância do segmento no sistema financeiro brasileiro. Estudo recente liberado pela Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito (Confebras) registrou R$ 820 bilhões em ativos movimentados pelo setor no último ano. A pesquisa também apresentou que o setor concentra R$ 528 bilhões em carteiras de depósitos e R$ 523 bilhões em operações de crédito, distribuídos entre 753 cooperativas e cerca de 11 mil pontos de atendimento espalhados pelo país.
Esse desempenho, além de refletir um crescimento contínuo acima da média das demais instituições financeiras do Sistema Financeiro Nacional, destaca a consolidação do cooperativismo de crédito como um dos principais vetores de inclusão e democratização do acesso a serviços financeiros no Brasil.
O avanço do cooperativismo financeiro tem sido acompanhado por uma estratégia de expansão que contrasta com o movimento observado no sistema financeiro tradicional, que, de forma de forma recorrente, tem registrado fechamentos de agências físicas pelo país. As cooperativas de crédito, por sua vez, ampliam sua presença física, especialmente em municípios de menor porte, e reforçam o papel inclusivo e o empenho no desenvolvimento social das regiões nas quais estão inseridas.
Presença territorial
As projeções para os próximos anos indicam um fortalecimento ainda maior do segmento. A expectativa é de que, até 2030, as cooperativas de crédito respondam por cerca de 10% da movimentação econômica nacional e ampliem sua participação no financiamento da produção das atividades empresariais em diferentes regiões do país.
Esse avanço pode ser associado à capilaridade do modelo cooperativo e à proximidade com os cooperados, características que permitem maior conhecimento das realidades locais e a oferta de soluções financeiras alinhadas às demandas regionais.
Governança e formação de pessoas
Para sustentar esse crescimento em bases sólidas, o setor tem direcionado atenção a desafios estruturais e estratégicos como governança, sucessão de lideranças e fortalecimento dos mecanismos de controle. Nesse sentido, o aprimoramento da governança, a organização dos processos sucessórios e a integração entre auditorias internas e externas aparecem como pilares para a continuidade das instituições, contribuindo para o fortalecimento institucional e, sobretudo, para o aumento da confiança do mercado.
Fonte: CLA com adaptações da MundoCoop












