Ano após ano, as cooperativas de crédito ampliam sua atuação e abrangência em território nacional. A prova disso está no número de agências que já ultrapassam 9 mil unidades em mais de 3 mil municípios brasileiros.
Hoje, as agências das cooperativas estão se tornando referência não apenas no atendimento e na oferta de serviços financeiros, mas também na forma como são planejadas e construídas. A inovação na execução de obras passa pelo equilíbrio entre tecnologia, sustentabilidade e gestão eficiente, garantindo espaços modernos, funcionais e alinhados às novas demandas do mercado.
“Construir uma agência não significa apenas erguer um espaço físico, mas sim criar um ambiente inteligente, seguro e sustentável, que otimize a experiência do cliente e a operação do banco”, afirma Roberta Cirino, arquiteta e sócia-fundadora da Cirino Sabadin.
Entre as principais inovações vistas nesse contexto está a implementação do BIM (Building Information Modeling), uma ferramenta que revoluciona a engenharia ao permitir uma modelagem precisa do projeto desde a concepção até a gestão da obra.
Roberta explica que, diferente do que muitos imaginam, o BIM não se restringe ao uso de softwares. Ele estabelece um padrão de modelagem e comportamento que possibilita reduzir erros, eliminar retrabalhos e melhorar a comunicação entre todas as frentes envolvidas na construção. Com isso, há uma otimização dos prazos e dos custos, tornando o processo mais previsível e assertivo.
PILARES FUNDAMENTAIS
A preocupação com a sustentabilidade também aparece como grande tendência no setor, onde as agências cooperativas estão sendo projetadas com soluções que minimizam impactos ambientais e aumentam a eficiência energética.
Além disso, embora a automação e a tecnologia sejam fundamentais para a modernização da construção civil, o fator humano continua sendo indispensável para o sucesso de qualquer obra. A gestão eficiente da equipe de trabalho é um dos grandes desafios, uma vez que diversas variáveis – como fatores climáticos e questões pessoais dos colaboradores – podem influenciar diretamente a produtividade.
NA PRÁTICA
Para que a execução de uma obra em uma agência cooperativa atinja o sucesso, é preciso apostar em um planejamento rigoroso e uma gestão eficiente dos processos. “No mundo das obras corporativas, não há chance para o erro e menos ainda para atrasos e inconvenientes. A coerência com os prazos que cada etapa requer para ser executada e a organizar das frentes de trabalho atuando em conjunto faz total diferença”, acrescenta Alexandre Sabadin, engenheiro civil e sócio-fundador da Cirino Sabadin.
Esse foi o caso do projeto da agência da Cresol em Cianorte (PR), realizada pela Cirino Sabadin, que foi marcada por desafios. Um dos principais enfrentados nesse projeto foi a compatibilização e reestruturação do cronograma que exigiu uma readequação estratégica de todas as equipes, garantindo que o trabalho fluísse de forma sincronizada e dentro do prazo estipulado. “O processo de maior atenção, consiste no acompanhamento e compatibilidade dos serviços prestados por partes que talvez não possuam a expertise que este padrão de construção exige”, ressalta Lucas Vieiro, engenheiro da Cirino Sabadin que esteve à frente da execução desta obra.
O exemplo da Cresol reforça a importância da sinergia entre todas as partes envolvidas e da capacidade de adaptação diante de imprevistos. “Com a melhora da comunicação e colaboração de todos os setores, o planejamento antecipado e previsibilidade de situações nos permite uma maior assertividade no canteiro de obra”, conclui Alexandre.



Conteúdo exclusivo publicado na Revista MundoCoop – Edição 122