Elas são força, sensibilidade e estratégia. Com suas múltiplas habilidades, as mulheres transformam desafios em oportunidades e ajudam a construir um cooperativismo mais forte e sustentável. Sua atuação no setor é fundamental, refletindo o compromisso feminino com a construção de um mundo mais justo e igualitário.
Hoje, mais de 1 milhão de mulheres fazem parte do coop em Minas Gerais, representando 33,5% do total de cooperados. Elas também são maioria no quadro funcional das cooperativas, ocupando 53,9% das vagas, desde funções operacionais até posições de liderança. São 30.890 profissionais que, diariamente, contribuem para o fortalecimento desse modelo de negócios.
A participação feminina fortalece as cooperativas, traz novas perspectivas para a gestão e torna a governança mais diversa e inclusiva. Para Tânia Zanella, superintendente do Sistema OCB, garantir a participação ativa das mulheres nos espaços de decisão é essencial para o futuro do setor. “O cooperativismo é um modelo que naturalmente valoriza a participação coletiva, e as mulheres têm um papel essencial nesse processo”, afirma Tânia. “A diversidade de ideias e perspectivas torna o setor mais inovador e preparado para enfrentar desafios”.
Cooperativismo e igualdade de gênero: um compromisso global
O cooperativismo tem sido um agente essencial na inclusão das mulheres no mercado de trabalho, abrindo oportunidades de liderança e promovendo a igualdade salarial. No entanto, ainda há desafios a superar, especialmente na ampliação da representatividade nos espaços de decisão. Neste ano, a Aliança Cooperativa Internacional (ACI) reforça a importância da participação feminina no setor e seu papel no desenvolvimento sustentável.
“As cooperativas sempre contaram com a participação essencial das mulheres desde a sua criação. No entanto, para que essa presença se transforme em verdadeira equidade, é fundamental ampliar as oportunidades e eliminar as barreiras que ainda limitam seu crescimento”, destaca Xiomara Nuñez de Céspedes, presidente do Comitê de Igualdade de Gênero da ACI.
O tema deste ano, “Para TODAS as Mulheres e Meninas: Igualdade. Direitos. Empoderamento”, reforça a necessidade de construir um ambiente onde todas possam crescer e contribuir equitativamente. “A igualdade de gênero não é somente uma questão de justiça social, mas de desenvolvimento e prosperidade. Quando as mulheres têm oportunidades iguais, toda a sociedade se beneficia”, reforça Xiomara.
Assista à mensagem abaixo:
Gestão feminina no Sistema Ocemg
No Sistema Ocemg, a liderança feminina é sinônimo de competência e comprometimento. Cinco das dez gerências são ocupadas por mulheres: Isabela Pérez (gerente geral e de relações institucionais), Andréa Sayar (gerente de educação e desenvolvimento sustentável), Vitória Drumond (gerente de desenvolvimento e monitoramento de cooperativas), Juliana Gomes (gerente de comunicação institucional) e Andréa Mol (gerente de gestão de pessoas).
“Ter mulheres em posições estratégicas reforça o valor da diversidade e mostra que nossa atuação é essencial para o crescimento das cooperativas”, avalia Isabela Pérez. “Cada uma contribui com sua experiência e visão, garantindo que o Sistema Ocemg avance com estratégia e resultados sustentáveis”.
Elas fazem a diferença
A liderança feminina no cooperativismo é um reflexo da força, mas também da sensibilidade que as mulheres trazem para o setor. Seja na aviação, no crédito ou na saúde, elas ocupam espaços estratégicos e transformam suas cooperativas. A seguir, três mulheres compartilham como este trabalho impactou suas trajetórias:
“Sou cooperada desde os 19 anos e não sei ser outra coisa. O cooperativismo me ensinou a gostar de gente e a transformar quem está ao meu redor. Cada decisão que tomo é pensando no melhor para nossos cooperados. Acho que só uma mulher tem esse olhar.”
Lívia Maria Duarte — presidente da Cooperativa dos Prestadores de Serviços Autônomos de Lagoa Santa (Coopresa)
“A mulher tem mais empatia, enxerga o todo e entende melhor as necessidades das pessoas. Isso agrega valor ao nosso trabalho e fortalece as cooperativas, porque liderar também é cuidar e transformar.”
Sara Mesquita Tavares Nogueira — presidente do Sicoob Copersul
“O cooperativismo transformou minha vida, trazendo mais propósito e realizações. Sempre fui cooperativista na essência, só não sabia que meu desejo de colaborar tinha esse nome.”
Maria das Mercês Froes — diretora da Unimed-BH
Representatividade e renovação no coop
A presença feminina no cooperativismo também está na ocupação de cargos estratégicos e na construção de um setor mais diverso e inovador. Mulheres estão à frente de iniciativas que garantem a renovação e o fortalecimento do setor, como os comitês de jovens e de mulheres.
A coordenadora de Gestão de Pessoas na Cooperativa dos Agricultores de Chapada (Coagril) e membro do Comitê Estadual de Jovens do Sistema Ocemg, Gabriela de Oliveira, afirma: participar do comitê traz novas perspectivas e ideias para o negócio. “O grupo dá voz aos jovens, promovendo integração entre gerações e fortalecendo o cooperativismo”, analisa.
Para Tionilia Cristina de Souza Gomes, integrante do Comitê de Mulheres do Sistema Ocemg e conselheira da Cooperativa de Transportes Autônomos de Carga (Coopmetro), esses espaços são fundamentais para fortalecer a participação feminina. “A presença da mulher no cooperativismo é fundamental. As mulheres têm muito a contribuir pela força, resiliência e organização. Precisamos apenas de oportunidades, pois a capacidade nós já temos”, conclui.
Fonte: Sistema Ocemg