Durante a COP30, Conferência das Partes da ONU sobre Mudança Climática, que aconteceu em Belém, no Pará, entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025, a COOCACER Araguari teve uma presença expressiva. Em dois grandes momentos, a cooperativa, representada pela Diretora Executiva, Eliane Cristina Cardoso Barbosa, apresentou, no evento global que reuniu líderes mundiais, cientistas e representantes da sociedade civil para discutir e negociar ações para combater as mudanças climáticas, as ações do Programa Café Sustentável.
A presença da cooperativa aconteceu em duas agendas em polos de debates e apresentações de propostas inovadoras para a sustentabilidade real. Com apresentações na Agrizone e Green Zone, a Coocacer consolida sua atuação como referência em sustentabilidade, inovação e gestão climática na Região do Cerrado Mineiro com modelo escalável para o agronegócio brasileiro.
Agrizone em parceria com Serasa Experian
Por meio da parceria e do trabalho desenvolvido com a Serasa Experian, a Coocaccer foi destaque no espaço oficial da Embrapa (AgriZone) no dia 15 de novembro, apresentando o Programa Café Sustentável para um público internacional, formado por representantes de governos, instituições e empresas comprometidas com a agenda climática e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Com o Programa Café Sustentável da Coocacer, a Serasa Experian encontrou condições favoráveis para a implementação de soluções que unem rastreabilidade, inovação e agilidade para comprovar a sustentabilidade praticada no campo pelos cooperados, bem como monitorar resultados. A Coocacer será a única cooperativa de café do Brasil a apresentar, nos espaços oficiais da COP30, em parceria com a Serasa Experian, um programa de sustentabilidade, fato que reconhece o compromisso da cooperativa com a sustentabilidade, origem, qualidade rastreabilidade do café produzido na Região do Cerrado Mineiro.
Com o apoio das soluções tecnológicas da Serasa Experian, a cooperativa assegurou R$ 780 milhões em produção sustentável de café, promovendo rastreabilidade e credibilidade em toda a cadeia produtiva, desde a origem das sementes até a comercialização final. O monitoramento de 13 mil hectares e o uso integrado das plataformas Smart ESG, FarmCheck e Agro Score possibilitaram análises mais rápidas, seguras e transparentes, fortalecendo a competitividade da COOCACER nos mercados nacional e internacional.
“Há um ponto fundamental que a sociedade precisa conhecer e reconhecer: o café não é um setor poluente e nem de grandes emissões, pelo contrário, nossa atividade é majoritariamente carbono negativa. Nossas lavouras sequestram mais carbono do que emitem, contribuindo diretamente para o equilíbrio climático global. Mesmo assim, nós não nos acomodamos. Somos inquietos e continuamos avançando, inovando e adotando práticas regenerativas, promovendo conservação, inclusão social, rastreabilidade e construindo uma governança para uma sucessão produtiva na cafeicultura. O que falta não é trabalho; não é atitude, não é resultado, é comunicação clara, visibilidade e também uma abertura da sociedade para nos conhecer melhor. Enquanto muitos discutem como reduzir emissões, nossos produtores, muitas vezes sem visibilidade, sem aplausos e sem reconhecimento, já sequestram mais carbono do que emitem. Eles conservam. Eles protegem. Eles cuidam da terra como quem cuida da própria família”, avaliou Eliane no encerramento de sua participação na COP30 diretamente de Belém.
Além de eliminar riscos de passivos socioambientais, a iniciativa prepara a cooperativa para atender às novas exigências internacionais de rastreabilidade, como o regulamento europeu EUDR. Essa transformação digital no campo reforça o compromisso da COOCACER em unir produtividade, sustentabilidade e inovação, tornando-se referência no agronegócio brasileiro e um exemplo de como a tecnologia pode impulsionar práticas responsáveis em toda a cadeia do café.
Na Agrizone, a Coocacer se posicionou ao lado de instituições do agro nacional, mostrando que a cafeicultura mineira tem respostas consistentes para desafios de adaptação climática, inovação produtiva e sustentabilidade econômica.
Painel da Ecogest e CFQ com foco em credibilidade climática
Na COP30 a Coocacer foi oficialmente convidada para integrar o painel “Credibilidade dos indicadores e metas climáticas organizacionais em apoio à NDC brasileira (Contribuição Nacionalmente Determinada), promovido pela Ecogest e pelo Conselho Federal de Química (CFQ).
No dia 18 de novembro o Programa Café Sustentável foi apresentado com destaque para os cinco eixos de atuação: Ambiental, Educacional, Social, Econômico e Governança, e se posicionando com um trabalho construído com seriedade, responsabilidade e visão de futuro, que reflete o empenho dos cooperados da Coocacer e da Região do Cerrado Mineiro em promover uma cafeicultura de impacto positivo.
O painel integrou a programação oficial do CFQ e teve como objetivo fortalecer a confiabilidade dos dados ambientais apresentados por organizações públicas e privadas: tema central para evitar riscos de greenwashing e para apoiar o Brasil no cumprimento de suas metas climáticas (NDC). A importância de profissionais como os químicos do CFQ para as pesquisas e contribuição para análises do café, da água, do solo, das folhas promovem informação e credibilidade, sendo fundamentais para o desenvolvimento das ações do Programa de Sustentabilidade.
A participação da Coocacer nesse debate global, representada pela Diretora Executiva, Eliane Cristina, reforça o compromisso com a transparência, a rastreabilidade, a gestão ambiental integrada e a contribuição real para as metas climáticas do Brasil.
Avanços reais e necessidade de ampliar o conhecimento do agronegócio brasileiro
Com os resultados e ações do Programa Café Sustentável a Coocacer mostrou ao mundo que a Coocacer está pronta para o futuro e contribui para soluções que o clima global exige, no entanto, pela análise da Diretora Executiva, ainda há um longo caminho a percorrer para a valorização dos investimentos e empenho do agronegócio para uma produção sustentável.
“Após a COP30, levo comigo uma certeza ainda mais forte: o agronegócio brasileiro, a cafeicultura precisa ampliar sua presença nos debates públicos, transcender seus próprios limites de comunicação e fazer uma imersão no mundo do consumidor para tentar se conectar com a sociedade que não conhece e a que não quer conhecer o verdadeiro agro, a verdadeira cafeicultura sustentável brasileira. Convivendo diariamente com produtores, cooperativas e iniciativas que transformam nossa cafeicultura, nosso agronegócio vejo o quanto fazemos e o quanto somos “desconhecidos” e não sabemos comunicar. Participar da COP30 foi mais do que uma agenda institucional, foi um ato de afirmação para a COOCACER e seu INSTITUTO. Ainda falamos muito entre nós, usando linguagens, formatos e espaços que não alcançam a sociedade. E quando não nos colocamos nos grandes diálogos, abrimos espaço para que outros falem por nós quase sempre sem conhecer a realidade prática da vida no campo. Por isso, estar na COP 30 foi tão simbólico para a COOCACER e o nosso recém-criado instituto, o IMAS – Instituto Mineiro do Agronegócio Sustentável. Estar na AgriZone e na Green Zone significou trazer para o debate de forma simples, aquilo que fazemos de melhor: produzir com responsabilidade, conservar com propósito e inovar com coerência. O agronegócio precisa dialogar de forma mais aberta e estratégica com a sociedade, precisa participar dos debates desafiadores, precisa mostrar com transparência o impacto positivo que já entregamos e o que ainda podemos construir juntos com a sociedade consumidora para a sustentabilidade em seus cinco eixos como prevê nosso Programa de Sustentabilidade Café Sustentável: educacional, ambiental, social, econômico e governança. Saio da COP 30 com a convicção de que estamos PRONTOS para o FUTURO, mas também com a clareza de que o próximo passo exige coragem para ampliar o diálogo, construir elos e comunicar com proximidade”, avaliou Eliane Cristina.
Fonte: Coocacer com adptações da MundoCoop












