Quando falamos em meios de pagamento, o Brasil sai na frente na criação de soluções, como o Pix. Com a digitalização, a forma como a população se relaciona com o dinheiro tem mudado, levantando a impressão de que o dinheiro em espécie tem sido menos utilizado. Mas será essa a realidade de todo o País?
A pesquisa “O brasileiro e sua relação com o dinheiro”, do Banco Central, revelou que, em 2018, 60,2% dos brasileiros utilizavam o dinheiro como o principal meio de pagamento, caindo para 22% no ano passado. Essa mudança de comportamento é principalmente percebida nos centros urbanos, onde a vida acontece online. Mas um país de dimensões continentais abriga diferentes realidades. Por isso me pergunto se as teorias apocalípticas sobre o fim do dinheiro consideram o cenário de milhões de brasileiros que vivem fora das grandes metrópoles.
Onde a vida é pouco digital, o dinheiro na mão é sinônimo de confiança. Em cidades afastadas dos grandes centros, por vezes, a inclusão digital caminha a passos lentos ou ainda nem chegou, abrindo espaço para as cooperativas de crédito tornarem o mercado mais vantajoso para o cliente que passa a ter acesso a serviços financeiros.
Vale destacar que 29 milhões de brasileiros ainda não têm internet. É o que diz a pesquisa TIC Domicílios 2024, do Cetic.br, que afirma que, dos usuários de internet regularmente, apenas 22% têm acesso a uma conectividade significativa, considerando conhecimentos e habilidades digitais necessários para utilizar a internet todos os dias, em um dispositivo adequado e com a quantidade de dados e a velocidade de acesso apropriados. Nessa realidade, o Pix e outras formas de pagamento podem nem ser compreendidos com total clareza, e o dinheiro na carteira é o que permite a gestão da vida financeira das famílias e da dinâmica da economia local.
Não à toa, o Banco24Horas conta com soluções para chegar a comunidades afastadas, que dispõem de poucas ou nenhuma agência bancária.
A experiência da Tecban em gestão de numerário mostra que, para o negócio das cooperativas de crédito funcionar ainda mais nessas comunidades, a logística acontece de forma diferente em cada caso. É preciso estratégia para chegar a um plano de logística que seja eficiente, personalizado e garanta total segurança no transporte, armazenamento, custódia e processamento de numerário. Soluções como equipamentos recicladores e cofres inteligentes tornam mais ágeis a gestão e a rotina das cooperativas que chegam a lugares tão distantes.
Como empresa especializada em contribuir para a melhor gestão do dinheiro no Brasil, com mais de 25 bases operacionais de guarda de valores em todas as regiões do país, vemos diariamente que para promover a inclusão financeira, como as cooperativas de crédito têm feito nos interiores brasileiros, é preciso um ecossistema que trabalhe em perfeita sintonia para garantir que o dinheiro chegue às mãos das pessoas, permitindo que cada pessoa acesse e transacione seus recursos da forma que lhe traga mais comodidade, segurança e benefícios.