O Brasil ultrapassou a marca de um milhão de empregos gerados em 2024, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que compilou os postos de trabalho com carteira assinada de janeiro até maio deste ano.
Para Weslei Lima, gestor do Mercado Topográfico, plataforma de divulgação de produtos e serviços do setor de geotecnologia, “as empresas, de qualquer segmento, buscam profissionais cada vez mais qualificados. Quanto mais específica for a descrição da vaga, assim como o canal utilizado para anunciá-la, melhores e mais rápidas serão as chances de ter um match entre empregadores e candidatos, reduzindo o tempo de contratação. Isso contribui, ainda, para maior transparência no mercado de trabalho e permite que os profissionais planejem melhor suas carreiras e busquem qualificações mais demandadas”, destaca
Em dados divulgados nesta quarta (28), o Caged confirmou que em julho, foram geradas 188.021 novas vagas de trabalho formal. O resultado representa um crescimento de 32,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. Os dados, que foram divulgados pelo Ministério do Trabalho e vieram em linha com a expectativa do mercado.
Cooperativas em alta
Nas cooperativas, o número de empregos diretos tem crescido a cada ano. Em 2023, as cooperativas brasileiras empregaram um total de 550.611 pessoas, mostrando um crescimento contínuo nos últimos anos.
O cooperativismo apresentou avanços significativos na força de trabalho feminina. Em 2023, as mulheres representaram 52% do total de empregados nas cooperativas, um aumento de 15% em relação a 2021. Os ramos com predominância de empregadas mulheres são Consumo (57%), Crédito (60%), Saúde (75%) e Trabalho, Produção de Bens e Serviços (55%).
O maior número de empregados se concentra nos ramos Agropecuário, Saúde e Crédito, tendo predominância masculina no ramo Infraestrutura (77%) e feminina no ramo Saúde (75%).
Ceará é o segundo do Nordeste em cooperativas e líder em empregos
O crescimento do cooperativismo no Ceará tem sido consistente ao longo dos últimos cinco anos. Entre 2019 e 2023, o estado viu um aumento de 14% no número de organizações cooperativistas, destacando-se como uma exceção em uma região onde seis dos nove estados apresentaram queda no número de coops. Apenas Alagoas, com um crescimento de 53%, e Maranhão, com 20%, também apresentaram evolução positiva no período.
Em 2023, o Ceará consolidou-se como o segundo maior polo de cooperativismo na região Nordeste em número de cooperativas, com 122 organizações ativas, de acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro – AnuárioCoop 2024. Esse posicionamento coloca o estado atrás apenas da Bahia, que lidera com 157 cooperativas. Pernambuco e Alagoas seguem na sequência, com 112 e 101, respectivamente.
No total, o Nordeste contava em 2023 com 856 cooperativas, das quais as cearenses representavam 14%. Para José Aparecido dos Santos, superintendente do Sistema OCB/CE, esses dados ressaltam a importância do Ceará no cenário regional, onde o cooperativismo tem se mostrado um modelo resiliente, mesmo em um contexto de desafios econômicos e sociais. “Existe uma máxima no cooperativismo que aprendi desde que comecei a ler folhetins: é nas dificuldades que o cooperativismo cresce”, aponta o dirigente.
Em um cenário de constantes desafios econômicos e mudanças no mercado de trabalho, as cooperativas têm se destacado por sua resiliência e capacidade de criar oportunidades de trabalho nos seus diversos Ramos.
Fonte: Sistema OCB, com adaptação da MundoCoop