Para aumentar a renda dos catadores e promover a reciclagem de garrafas e vidros em geral, a Cooperativa de Catadores de Bela Vista de Goiás (Cooperbela) negociou a compra desse tipo de resíduo com uma empresa especializada de São Paulo, a Massfix. Em dois meses, foram recolhidas 9,8 toneladas de material considerado de difícil degradação, no município de Bela Vista de Goiás.
O recolhimento dos resíduos sólidos foi realizado por meio da coleta seletiva da cooperativa com a participação dos moradores. O caminhão percorre toda a cidade, em todos os dias úteis da semana. Além disso, a cooperativa contou com a colaboração de bares e eventos realizados na região que doaram o material. No galpão da Cooperbela, atualmente oito cooperados trabalharam na triagem de garrafas e embalagens de vidro.
De acordo com o presidente da Cooperbela, Rosimar Silva, todo vidro coletado será reutilizado pela compradora que irá triturar o material para a fabricação de novas garrafas. A partir de agora, a cada período de 60 a 90 dias, esse tipo de resíduo terá essa nova destinação em Bela Vista. “Será feita de forma contínua, porque agora temos um comprador para esse material, antes não havia como recolher o vidro na cidade. Quando o container da cooperativa estiver novamente cheio, iremos vender o produto, aumentando a renda dos cooperados e gerando novos empregos”, explica Rosimar.
Degradação
Entre todos os materiais que podem ser retirados do meio ambiente e reciclados, o vidro é o que mais leva tempo para ser absorvido novamente. Isso ocorre porque a composição do vidro faz com que ele seja extremamente resistente às alterações climáticas. A decomposição total do vidro na natureza pode durar até 1 milhão de anos, dependendo das condições. Mesmo com grande variação, o tempo mínimo de desgaste total é de 4 mil anos, o que representa muito mais tempo que itens fabricados com alumínio ou plástico.
Educação ambiental
A Cooperbela ainda alerta que a coleta seletiva só fará sentido, se houver a adesão da população. “É importante o engajamento de todos para mais essa ação ser viável. Ao invés de ir para o lixo, vamos aumentar a vida útil do aterro sanitário do município. A busca é por uma vida melhor em uma cidade sustentável e mais limpa”, ensinou o presidente da Cooperbela.
Para aumentar a consciência dos moradores, a cooperativa planeja elaborar campanhas de educação que reforcem a importância da coleta seletiva para a preservação do meio ambiente. “Esse material poderia, hoje, estar no aterro sanitário da cidade ou à beira das estradas, nos leitos dos córregos e rios, mas, graças ao nosso trabalho, foi retirado do meio ambiente e será reutilizado por meio da reciclagem”, comemorou Rosimar.
Fonte: Sistema OCB/GO
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