O cooperativismo viveu um momento histórico no dia 5 de agosto de 2025. Na Terra Indígena Taquara, em Nova Laranjeiras (PR), foi oficialmente constituída a Cooperativa Mirim COOPERGĪR, formada por crianças Guarani e Kaingang da Escola Estadual Indígena José Ner-Nor Bonifácio. O projeto é apadrinhado pelo Sicoob Credicapital, cooperativa singular filiada ao Sicoob Central Unicoob, e contou com o apoio essencial do Instituto Sicoob e do Sescoop/PR.
Mais que um evento, a constituição da COOPERGĪR representa o florescer de um sonho coletivo, construído com escuta, respeito e valorização profunda da cultura indígena. A partir de encontros com a comunidade, oficinas com pais e alunos, rodas de conversa e atividades educativas, foi possível unir saberes tradicionais e princípios cooperativistas em um só propósito: formar lideranças infantis e fortalecer o sentimento de pertencimento e identidade cultural entre as crianças da aldeia.
A COOPERGĪR nasce com a missão de resgatar e perpetuar a produção de balaios tradicionais da cultura Kaingang, trazendo à tona a sabedoria ancestral e abrindo caminhos para o desenvolvimento sustentável da comunidade. É a terceira cooperativa mirim constituída pelo Sicoob Credicapital, uma verdadeira semeadura de futuro, cidadania e cooperação.
A cerimônia de constituição foi marcada pela emoção e pela presença de importantes lideranças locais e do sistema Sicoob: Gizélio Linhares, presidente do Conselho de Administração do Sicoob Credicapital; Dirceu Soligo, vice-presidente do Conselho de Administração da cooperativa; Solange Pinzon de Carvalho Martins, vice-presidente do Conselho de Administração do Sicoob Unicoob; Luiz Carlos Wolff, vice-prefeito de Nova Laranjeiras; Adriane Aparecida Molinett, supervisora do PA de Nova Laranjeiras; Adriano Diba Anhaia, gerente do PA; e o vice-cacique Antonio, representando a aldeia Taquara.
A diretora da escola anfitriã, Fabiana Passarin, compartilhou sua visão sobre o impacto da iniciativa:
“A COOPERGĪR tem como objetivo oportunizar novos espaços e garantir que nossas crianças tenham um olhar para o futuro. Quando a gente fala de escola indígena, a gente fala de revitalização cultural e fortalecimento da história. Ao trabalhar o artesanato, a gente mostra para as crianças que, a partir do que é da vivência delas, elas podem abrir novas portas de trabalho, de comercialização e de pertencimento.”


Fonte: Sicoob com adaptações da MundoCoop