A genética é uma loteria e, nem sempre, saímos ganhando. Predisposição a doenças, vícios e até compulsão por açúcar podem estar no DNA. No entanto, o que aparece como uma tendência ou risco aumentado não é uma sentença se o indivíduo adotar um estilo de vida saudável.
Pesquisadores publicaram, nesta segunda-feira (29/4), um estudo na revista BMJ Evidence-Based Medicine, no qual mostram que as pessoas ganham, em média, 5 anos a mais de vida se praticarem atividades físicas e seguirem uma alimentação regrada.
A pesquisa foi feita com 353 mil adultos que foram acompanhados por quase 10 anos, todos eles estavam cadastrados no banco de dados Biobank, do Reino unido.
As informações dos voluntários foram agrupadas em três categorias de expectativa de vida levando em consideração seus dados genéticos: longa (20,1%), intermediária (60,1%) e curta (19,8%). Em outra divisão, os dados foram classificados em três categorias de pontuação sobre o estilo de vida, incluindo favorável (23,1%), intermediário (55,6%) e desfavorável (21,3%).
A investigação apontou que os que tinham riscos genéticos considerados altos, como históricos de doença hereditária na família, tinham 21% mais de chance de morrer precocemente – antes dos 75 anos.
Entre estes participantes, porém, aqueles que seguiam estilos de vida saudáveis conseguiram compensar a herança genética desfavorável em 2 a cada 3 casos. Já as pessoas que eram sedentárias e tinham uma alimentação ruim tiveram 78% de risco de morte precoce, mesmo que não apresentassem risco genético elevado.
Mudanças devem ser feitas ao menos até os 40
Os pesquisadores ainda aconselharam que os resultados são melhores se o estilo de vida saudável for adotado antes dos 40 anos.
“Aos 40 anos, participantes com alto risco genético poderiam prolongar aproximadamente 5,22 anos de expectativa de vida com um estilo de vida favorável. Dado que os hábitos comportamentais de estilo de vida são geralmente desenvolvidos antes da meia-idade, é crucial conscientizar pessoas com alto risco genético para que prolonguem a sua expectativa de vida antes desta idade”, concluíram no texto.
Fonte: Metropoles
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