Na última década, pesquisas sobre longevidade mostraram que nossas comunidades e círculos sociais desempenham um papel mais significativo na determinação de nossa expectativa de vida do que se pensava.
Quando se trata de envelhecimento saudável, as interações sociais podem ser o que nos leva ao ponto de inflexão para uma vida longa e saudável.
Não há dúvida de que as escolhas de estilo de vida e a genética desempenham papéis importantes tanto em nossa saúde quanto em nossa expectativa de vida. Nossa dieta, nível de atividade, hábitos e nossa genética previnem doenças e afetam a longevidade.
E é sobre essa conexão entre relações humanas e longevidade saudável que tratamos no artigo que compartilhamos abaixo. Siga a leitura e tire suas dúvidas!
A importância da conexão humana
A integração social está associada a uma maior satisfação com a vida, melhor saúde e maior expectativa de vida. Pessoas com amplas redes sociais são mais propensas a serem felizes, ter menos problemas de saúde, ter melhor saúde mental e uma longevidade saudável.
A segurança e o apoio experimentados em nossas conexões ajudam a acalmar nosso sistema de resposta ao estresse, mantendo afastadas as doenças viciosas relacionadas ao estresse.
Por outro lado, a falta de conexão social pode contribuir para ansiedade, depressão e doenças relacionadas ao estresse, como inflamação, diabetes tipo 2 e câncer.
No geral, o isolamento social pode aumentar nossa taxa de mortalidade em 91% e contribuir para a morte prematura.
O que diz a ciência
De acordo com a American Psychological Association, os indivíduos que se voluntariam para fins altruístas e exibem um desejo de conexão social têm taxas mais altas de longevidade e satisfação com a vida.
A pesquisa atual também reflete essa ideia, indicando que os indivíduos que têm relacionamentos saudáveis e solidários com os outros experimentam uma expectativa de vida mais longa do que aqueles que não têm.
A razão para o fenômeno pode ser que os laços sociais ajudam a amortecer eventos estressantes da vida e melhorar a resiliência mental e fisiológica.
No nível da comunidade
Uma pesquisa publicada na revista Psychoneuroendocrinology descobriu que a gentileza, também conhecida como “comportamento pró-social”, pode aparecer na composição do sangue.
Mais especificamente, atos de bondade influenciam a expressão do gene leucocitário, que subsequentemente afeta a resistência e o desenvolvimento de doenças.
Em uma amostra de 159 participantes, aqueles que demonstraram comportamento pró-social direcionado a pessoas ou entidades específicas eram mais propensos do que outros a experimentar melhorias na expressão gênica de leucócitos.
Assim, ser gentil com os outros pode tornar o corpo mais resistente a doenças, prolongando a expectativa de vida e a saúde.
O envolvimento da comunidade não apenas aumenta a expectativa de vida de um indivíduo, mas também pode aumentar a longevidade das pessoas na comunidade como um todo.
Um estudo publicado na Social Science and Medicine descobriu que a densidade populacional de uma área não significa necessariamente engajamento social.
Quer um indivíduo viva em uma cidade rural ou em uma cidade grande, é a interação social da comunidade como um todo que importa.
Os espaços públicos com áreas de convivência da comunidade promovem a interação social, prolongando assim a expectativa de vida média dos indivíduos na comunidade.
No nível individual
Um estudo de Harvard de 80 anos pode ter encontrado o segredo para uma vida mais longa – e não é dieta ou exercício. O segredo pode estar em nossos relacionamentos pessoais.
O estudo incluiu cerca de 1.300 pessoas para determinar como as experiências do início da vida afetaram a expectativa de vida e a saúde de um indivíduo durante toda a sua vida.
Relacionamentos felizes e satisfatórios foram influências poderosas na saúde física. O estudo descobriu que relacionamentos pessoais próximos tiveram um impacto mais substancial – bem acima de riqueza e status – em retardar o declínio mental e físico.
Relacionamentos positivos também se estendem aos amigos peludos. Mesmo um cão ou gato de estimação pode atenuar a solidão e melhorar o bem-estar. Precisa de prova?
O Human-Animal Bond Institute, também conhecido como HABRI, estuda os efeitos dos animais na saúde mental e física humana. A pesquisa do HABRI indica que a companhia de ter um animal de estimação adiciona anos à vida de uma pessoa.
Melhore suas relações e tenha uma longevidade saudável
Hoje em dia, muita atenção vai para o autocuidado. Mas a ciência aponta para cuidar dos outros como um fator-chave para cuidar de si mesmo. Em resumo, se você deseja ter uma vida longa e saudável, invista em conexões sociais como parte de sua rotina de autocuidado.
Por isso, criar tempo para desenvolver e nutrir relacionamentos é fundamental para viver uma vida longa, saudável e satisfatória. O envolvimento da comunidade aumenta a prevenção e a resistência a doenças.
Relacionamentos pessoais saudáveis podem prevenir ou retardar o declínio físico e cognitivo e as interações sociais influenciam diretamente a expressão de genes e hormônios.
Fonte: Portal Longevidade Saudável
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