Os resultados e as experiências vivenciadas pelos agentes do governo federal durante a Imersão Pré-COP 28, coordenada pelo Sistema OCB entre os dias 15 e 20 de outubro no Paraná e Pará, foram compartilhados em reunião realizada na Casa do Cooperativismo nesta quarta-feira (1º). O entusiasmo e a certeza de que o cooperativismo é um modelo de negócios inclusivo, centrado nas pessoas e capaz de garantir a produtividade com sustentabilidade foram evidenciados nos testemunhos apresentados pelos representantes do governo participantes.
“Vemos no cooperativismo a vivência, a manutenção, a conservação e a preservação da biodiversidade. Um trabalho com responsabilidade social que merece ser celebrado”, destacou Edel de Moraes, secretária Nacional de Comunidades e Povos Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério de Meio Ambiente (MMA). Para ela, a imersão mostrou a importância de reconhecer e enfrentar os desafios que a região Norte enfrenta. “Acredito que o crescimento do movimento precisa ser incentivado. O cooperativismo pode ser uma ferramenta poderosa para colaborar com questões como a assistência técnica, por exemplo, e de promoção do desenvolvimento sustentável da região”, declarou.
O MMA também foi representado por Alan Milhomens, coordenador geral do Departamento de Combate à Desertificação, na Secretaria Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável, que enfatizou a importância de se adotar uma perspectiva diferenciada para a produção no espaço rural. “A visão do Sistema OCB sobre experiências e esforços coletivos se baseia em uma estratégia de negócios que atrai pessoas, projetos e parcerias voltadas para a sustentabilidade. As cooperativas buscam conquistar políticas públicas que contriburam para proporcionar melhor qualidade de vida aos cooperados e às pessoas ao seu redor, e merece nossa atenção”, relatou.
Ainda do MMA, a coordenadora de Projetos do Departamento de Desenvolvimento Rural Sustentável, Solange Ferreira Alves, falou sobre a relevância das cooperativas na manutenção da biodiversidade e na conservação das matas. “A gente pôde ver que as cooperativas trabalham de forma muito aplicada para produzir de forma sustentável. Foi muito interessante ver a preocupação com a preservação ambiental. Acredito que a gente pode dar continuidade ao trabalho de forma conjunta para fortalecer essas práticas”.
Filipe Viriatto, auxiliar de projetos na Agência Brasileira de Cooperação (ABC), falou sobre a importância de conhecer a realidade por meio de iniciativas como a imersão realizada e de aproximar os agentes públicos das dificuldades das comunidades. “Vivenciar a realidade por meio dessa experiência foi uma oportunidade para estarmos mais próximos e entender quais são as carências das comunidades e promover soluções mais eficazes. Foi uma viagem magnífica e a experiência que vislumbrou mais vontade de estar mais próximo, proporcionando soluções para fortalecer ainda mais o trabalho desenvolvido”, afirmou.
Já Thiago Arcebispo, chefe substituto da Coordenação de Promoção da Imagem do Ministério da Agricultura (Mapa), ressaltou o engajamento das cooperativas visitadas no desenvolvimento de ações sustentáveis e verdes e citou o cooperativismo como um precursor na melhoria das condições sociais e no desenvolvimento das regiões mais remotas. “É essencial utilizar o modelo de negócios do cooperativismo como um exemplo para o mundo”, reiterou.
Por sua vez, Eduardo Dalbosco, coordenador geral de Articulação e Desenvolvimento de Programas e Ações de Apoio ao Empreendedorismo do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDES), lembrou o princípio cooperativista de cuidar das pessoas e seu papel fundamental na inclusão social. “O cooperativismo oferece uma oportunidades efetivas de inclusão social. Ele gera condições para uma sociedade mais justa e igualitária”.
O depoimento do coordenador de Cooperativismo e Associativismo do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA), Alex Kawakami, destacou as trocas realizadas durante a imersão foram extremamente ricas e contribuíram de forma efetiva para a formulação de futuras políticas públicas voltadas ao movimento. “Alguns desafios são muito complexos, mas as trocas que experimentamos nesses dias trouxeram perspectivas muito positivas para o nosso trabalho”.
Lúcia Michels, representante do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), destacou a diversidade de realidades observadas durante a imersão e ressaltou a necessidade de dar atenção especial ao Pará. “Nosso ministério se coloca à disposição para agir em conjunto com as cooperativas e desenvolver abordagens específicas para atender às demandas das diferentes regiões”.
Boas práticas
Os objetivos e resultados da imersão também foram destacados pela equipe do Sistema OCB. Fabíola Nader Motta, gerente-geral, expressou sua satisfação pelas oportunidades que a imersão gerou e enfatizou a necessidade de intensificar os esforços para promover o movimento. “A cooperação constrói um mundo mais sustentável e inclusivo. Por isso, buscamos promover continuadamente um espaço permanente de diálogo com o governo para demonstrar o impacto socioeconômico do nosso movimento no desenvolvimento do Brasil “, disse.
A gerente citou ainda a reunião com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social(BNDES), Aloizio Mercadante, realziada no último dia 27 de outubro. Para ela, o encontro foi muito positivo no que diz respeito à busca por melhoria nas ações econômicas que visam aprimorar iniciativas no Norte e Nordeste do país. “Mercadante ouviu nossas demandas e pediu apoio do Sistema para construir estratégias que visem aprimorar o desenvolvimento dessas regiões”, falou.
O coordenador de Relações Governamentais, Eduardo Queiroz, apontou que o coop possui um ciclo virtuoso que envolve união, propósito e prosperidade, para impulsionar o crescimento, gerar trabalho e renda, e beneficiar as comunidades onde estão localizadas. “Planejamos essa imersão para mostrar de forma prática os diferenciais do cooperativismo e conquistar porta-vozes para o movimento tanto em nível nacional quanto internacional. Queremos participar cada vez mais atividade da construção de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável do nosso país, explicou.
Como resultado da iniciativa, Eduardo anunciou que o Sistema OCB participará com um painel no Pavilhão Brasileiro da COP-28. “Vamos apresentar os compromissos das cooperativas com os temas de sustentabilidade e ESG. A nossa ideia é levar esse conhecimento também para todo o Brasil e fortalecer o posicionamento do cooperativismo em nível internacional”, assegurou.
Fonte: Sistema OCB
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