O Governo dos Açores manifestou-se ontem disponível para apoiar as cooperativas em soluções para a habitação, visando aumentar a oferta de imóveis e melhorar os preços, anunciou a secretária regional da Juventude, Habitação e Emprego.
Diante de um cenário de falta de moradia, Maria João Carreiro disse que o executivo açoriano está promovendo uma “resposta integrada que envolve não só a região, mas também os municípios e cooperativas habitacionais, orientando recursos financeiros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e da região para aumentar a oferta”.
A governante falava no lançamento da 1ª pedra de uma empreitada de infraestrutura de um lote, na vila de Rabo de Peixe, da cooperativa “Nossa Vila, Nossa Casa”, no qual serão construídas 16 novas casas, de tipologia T3, a custos controlados.
Maria João Carreiro disse que estratégia do Governo Regional passa também por “garantir uma habitação de qualidade e a preços compatíveis com o rendimento das famílias e dos jovens açorianos”.
Citada em nota de imprensa, a secretária regional disse que as cooperativas de habitação “podem e devem ser cada vez mais parceiras da região na boa execução e na resposta eficaz que são exigidas em matéria de habitação”.
De acordo com Maria João Carreiro, o trabalho conjunto dos vários agentes do setor “multiplica resultados” e o apoio do Governo a iniciativas que partem dos cidadãos e da cidadania organizada, como são as cooperativas, “amplifica as respostas que são precisas dar para ultrapassar as dificuldades no acesso à habitação”.
A governante lembrou que o “desinvestimento público regional na última década no parque habitacional da região, que ainda é deficitário, atrasa a resposta que os açorianos esperam num quadro de enorme pressão do lado da procura”, que tem levado ao “aumento dos custos com a aquisição de habitação e arrendamento”.
Segundo a nota de imprensa, entre os apoios de que as cooperativas de habitação podem beneficiar estão a cedência de projetos-tipo de habitação, de loteamento e de infraestruturas, a cedência de lotes infraestruturados e de solos por infraestruturar e ainda a comparticipação financeira, a fundo perdido, no investimento realizado, ou a realizar, na aquisição de solos, na sua infraestruturação e estudos e projetos correspondentes.
Através do regime de apoio à construção de habitação própria e à construção de habitação de custos controlados, a cooperativa “Nossa Vila, Nossa Casa” beneficiou de um apoio financeiro, não reembolsável, superior a 313 mil euros, mais IVA à taxa legal em vigor.
Este montante garante a comparticipação total dos projetos de arquitetura e especialidades, bem como a empreitada de execução e fiscalização que agora se inicia e com um prazo de execução de três meses.
Fonte: DN Notícias com adaptações da MundoCoop