A tecnologia de “maquiagem em flores”, surgiu na Holanda em 2012, e conquistou o mercado brasileiro em 2020, trazendo para o Brasil produtos coloridos, alegres e festivo para atender uma demanda crescente, principalmente no setor de decoração e eventos.
Essa colorização artificial das flores e plantas é feita com tintas artesanais, atóxicas, à base de água e biodegradáveis para que essa coloração artificial não cause danos às pessoas, ao ambiente e, claro, às próprias plantas. Mesmo assim, ainda havia muitos questionamentos em relação ao uso de “maquiagem” nas flores e plantas. “Realizamos uma pesquisa nas principais redes sociais e fóruns de discussão online entre os consumidores e percebemos que eles ainda se sentiam muito incomodados com as colorizações”, conta o professor e pesquisador Antonio Hélio Junqueira.
Por isso, para reforçar seu compromisso com a qualidade dos produtos oferecidos e com a responsabilidade ambiental, a Cooperativa Veiling Holambra iniciou um estudo detalhado sobre o desenvolvimento das plantas após o uso de corantes artificiais em seu Centro de Testes.
Depois de manter as plantas sob análise laboratorial por 90 dias, em condições controladas de iluminação, temperatura, umidade relativa e luminosidade, comprovou-se que as intervenções eram inofensivas para as plantas. “As plantas seguiram saudáveis e íntegras depois de colorizadas, voltando gradativamente a expressarem todas as suas características originais”, completa Dr. Hélio. As amostras de plantas originadas de três tipos diferentes de processos e produtos para coloração tiveram, basicamente, a mesma evolução em crescimento e durabilidade quando compradas com as plantas que não haviam recebido nenhum tipo de tratamento.
O resultado dessa pesquisa foi publicado no International Journal of Advanced Engineering Research and Science, uma publicação de grande reputação científica internacional junto à comunidade global de pesquisadores, estudantes, empresários e interessados em ciência, em geral. “Para nós, essa publicação é como um troféu. Ter a aprovação de uma revista científica internacional de um trabalho inédito como esse é muito gratificante”, comemora Bruna Chimin, analista de laboratório do Centro de Testes da Cooperativa. O estudo ainda contou com parceria das pesquisadoras Elaine Pierre e Marcia Peetz. Para Dr. Hélio, uma pesquisa como essa contribui para a oferta segura e atraente de novos produtos a partir das tendências do segmento de flores e plantas. “Essa colaboração entre academia e mercado favorece desenvolvimento da cadeia produtiva de flores e plantas ornamentais do Brasil”, conclui.
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