Em seu 5º ranking anual das Melhores Empresas do Mundo Para Mulheres, a Forbes reúne 400 companhias de mais de 36 países que se destacam por práticas de gestão e iniciativas voltadas especificamente para questões de gênero.
A Microsoft lidera como a melhor empresa do mundo para mulheres trabalharem, subindo do 8º lugar na edição de 2024. Na 2ª posição está a Roche Holding, seguida pelo National Bank of Canada, em 3º lugar. Hewlett Packard Enterprise e IKEA completam o top 5.
Entre as seis empregadoras brasileiras que conquistaram um espaço no ranking mundial, a mais bem colocada é a Natura & Co, em 57º lugar — no ano passado, a companhia ocupava a 39ª posição. A empresa é seguida pelas estreantes: Nubank (247º), Banco Bradesco (269º), Vale (282º), Gerdau (358º) e Embraer (362º).
As 10 melhores empresas do mundo para mulheres
- Microsoft
Setor: Software e serviços de TI
País: Estados Unidos
Fundação: 1975 - Roche Holding
Setor: Medicamentos e biotecnologia
País: Suíça
Fundação: 1896 - National Bank of Canada
Setor: Serviços bancários e financeiros
País: Canadá
Fundação: 1979 - Hewlett Packard Enterprise
Setor: Software e serviços de TI
País: Estados Unidos
Fundação: 2015 - IKEA
Setor: Varejo e atacado
País: Países Baixos
Fundação: 1943 - L’Oréal
Setor: Bens de consumo
País: França
Fundação: 1909 - Deloitte
Setor: Serviços profissionais
País: Reino Unido
Fundação: 1845 - Nike
Setor: Vestuário, calçados e artigos esportivos
País: Estados Unidos
Fundação: 1964 - Netflix
Setor: Mídia e publicidade
País: Estados Unidos
Fundação: 1997 - Apple
Setor: Semicondutores, eletrônicos e engenharia elétrica
País: Estados Unidos
Fundação: 1976
Veja aqui a lista completa.
Entre avanços e desafios
As condições de trabalho para as mulheres melhoraram significativamente ao longo do último século. Um estudo da OIT (Organização Internacional do Trabalho), envolvendo 17 países, destacou avanços substanciais tanto no número quanto na qualidade dos empregos ocupados por mulheres.
Apesar desses progressos, muitas mulheres ainda não estão satisfeitas com seus trabalhos. De acordo com a pesquisa da consultoria Deloitte Global 2025 Women @ Work, que ouviu 7.500 mulheres em 15 países, quase 40% das entrevistadas esperam permanecer em seus empregos por apenas um a dois anos, e apenas 5% planejam ficar mais de cinco anos na mesma empresa.
O principal motivo apontado para a saída é a falta de equilíbrio entre vida pessoal e profissional (mencionado por 30% das participantes). Outras razões incluem remuneração inadequada (28%), falta de flexibilidade de horário (27%), poucas oportunidades de crescimento (18%) e impacto negativo na saúde mental (16%).
Um terço das mulheres ouvidas também afirmou ter preocupações com sua segurança pessoal no trabalho, sendo que cerca de 20% relataram ter sofrido assédio de colegas, e 17% disseram ter sido assediadas ou se sentido desconfortáveis com clientes ou consumidores.
A Forbes elaborou o ranking das Melhores Empresas do Mundo Para Mulheres para ajudar profissionais a encontrarem empregadores que ofereçam equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional, remuneração e benefícios competitivos, oportunidades de crescimento e um ambiente de apoio.
Metodologia
Para definir a lista, a Forbes fez uma parceria com a empresa de pesquisa de mercado Statista e entrevistou aproximadamente 120 mil mulheres que trabalham em multinacionais em mais de 36 países. Para ser considerada para o ranking, cada companhia precisava atuar em pelo menos duas das seis regiões continentais do mundo.
As participantes foram questionadas se recomendariam seus empregadores a amigos ou familiares e avaliaram a organização tanto em práticas gerais de trabalho quanto em questões específicas de gênero, como equidade salarial, respostas da liderança a denúncias de discriminação contra mulheres e se homens e mulheres têm as mesmas oportunidades de progressão na empresa.
Além disso, as mulheres foram questionadas a respeito de outras questões: se a empresa combate estereótipos de gênero por meio de seus produtos, campanhas de marketing ou iniciativas; se os líderes usam suas plataformas para promover a igualdade de gênero; e se a organização esteve envolvida em escândalos relacionados a gênero. Por fim, as empresas elegíveis foram avaliadas para determinar a porcentagem de mulheres em cargos de liderança.
Todas essas informações foram agregadas e combinadas com os dados de pesquisa coletados nos últimos três anos, com maior peso para os dados mais recentes.
Fonte: Forbes