De acordo com uma pesquisa global realizada pela PwC Brasil, 85% dos entrevistados defendem a inclusão e a diversidade nas empresas, mas apenas 5% delas possuem ações maduras e evoluídas nessas áreas.
Natalia Castan, CEO do Grupo Unite, explica que é fundamental que as empresas reconheçam a importância da diversidade nas centrais de atendimento ao cliente e adotem medidas para promovê-la dentro da companhia em todos os níveis hierárquicos.
Segundo Natália, as razões pelas quais a diversidade deve ser valorizada nas cooperativas e nas empresas são inúmeras. Entre elas estão o senso de sensibilidade cultural. “Um ambiente diverso pode trazer uma compreensão mais profunda das práticas culturais e tradições. Isso pode ajudar a evitar mal-entendidos e promover uma experiência de trabalho mais humanizada e empática”, conta a especialista.
Segundo Castan, os gestores e líderes devem cultuar a sensibilidade para trazer uma relação de trabalho calorosa entre os colaboradores e cooperados, e potencializar o crescimento da organização em suas operações. Outro ponto importante é que a diversidade auxilia na resolução dos problemas de forma criativa.
A diversidade colabora também para melhorar a imagem da cooperativa e da empresa. “Antes de mais nada, a gestão tem que ter em mente que promover ações que tragam impacto nesse sentido é muito mais do que apenas contratar pessoas de diferentes vivências, é também oferecer um espaço acolhedor e contar com um time de pessoas que compreendem sobre a importância da diversidade”, pontua.
Para a empresária, a tecnologia é uma boa aliada na promoção da diversidade, mas não substitui ações inclusivas e humanizadas. “Em tempos de Chat GPT, assistentes de voz e inteligência artificial, é importante ressaltar que a tecnologia é uma ferramenta que apoia a diversificação de atendimento ao cliente, mas não substitui a importância de uma cultura inclusiva, com empatia e compreensão dentro da equipe. Ela precisa ser utilizada de forma cuidadosa, complementando as habilidades humanas e promovendo uma interação eficaz com todos”.
“Empatia, flexibilidade, organização, trabalho colaborativo, boa comunicação, capacidade de resolver problemas e aprendizado contínuo são soft skills que não são ensinadas em faculdades e cursos tradicionais, mas faz toda a diferença nas empresas, principalmente ao promover uma cultura diversa. Ao desenvolvermos essa cultura dentro de nossas empresas, teremos uma experiência positiva para todos!”, finaliza Natália.
Por Priscila de Paula – Redação MundoCoop
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