A Coopersap, cooperativa pioneira de consultores SAP no Brasil, saltou de R$ 300 mil de faturamento em 2019 – ano de sua fundação – para R$ 12 milhões em 2024, com distribuição de R$ 1 milhão em sobras aos cooperados no último exercício. Hoje, a cooperativa reúne cerca de 70 profissionais e entrega em média 7 mil horas mensais de consultoria.
Fundada em Santa Cruz do Rio Pardo (SP), a cooperativa nasceu com o propósito de unir consultores seniores e especialistas em um modelo colaborativo e horizontal, baseado no trabalho home office, com equilíbrio entre custos competitivos e serviços de excelência em sistemas SAP.
Agora, a cooperativa passa por uma nova fase, que inclui a mudança de marca de Coopersap para Coperty. O rebranding prepara o terreno para o lançamento, previsto para 2026, de uma plataforma digital da cooperativa. O projeto promete multiplicar a capacidade de atendimento, ampliando de 7 mil para até 50 mil horas mensais de serviços, com a meta de reunir 500 consultores em cinco anos — o equivalente a cerca de 2,5% do mercado brasileiro de especialistas SAP.
Potencial de crescimento
Embora não existam números oficiais sobre a quantidade de profissionais no país, estimativas da Coopersap apontam para um contingente de 18 mil a 25 mil consultores SAP ativos. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES), esse mercado se insere em um cenário de forte expansão da tecnologia da informação: o Brasil foi o nono maior investidor global em TI em 2024, com aportes de US$ 58,6 bilhões, e deve registrar crescimento de 9,5% em 2025, acima da média mundial. O setor de ERP segue nesse ritmo de crescimento também e deve atingir US$ 2,5 bilhões até 2030.
Um dos fatores que impulsionam a demanda é a migração obrigatória do sistema SAP ECC para o S/4HANA, cujo suporte será encerrado em 2027, além da crescente adoção de SAP BTP e do SAP Analytics Cloud — áreas em que a Coopersap atua desde a sua fundação. A baixa adesão até o momento cria um cenário de urgência e aponta para uma futura “guerra por talentos”, em um país que já enfrenta déficit estrutural na formação de profissionais de TI: a demanda anual é de 70 mil, enquanto apenas 46 mil são formados, de acordo com estimativas da Coopersap.
Segundo André Garrocini, presidente do Conselho de Administração da Coopersap, a estratégia está amparada pela credibilidade conquistada e pelo efeito de rede que a plataforma digital vai potencializar. “Nossa estimativa de alcançar 500 consultores em cinco anos é bastante realista. O cooperativismo nos permite colocar as pessoas no centro, distribuindo resultados de forma justa e garantindo aos clientes atendimento próximo, ágil e qualificado”, afirma.
“Para o mercado, representamos acesso a especialistas de alto nível com custos competitivos e agilidade; para os profissionais, um ambiente horizontal que valoriza autonomia e reconhece de forma equitativa o esforço coletivo”, resume Garrocini.
Fonte: IPNews com adaptações da MundoCoop












