Nos tempos atuais, situações de exaustão e estresse crônicos provocados por excesso de trabalho se tornam cada vez mais comuns na vida dos trabalhadores. Essa sensação incômoda, passou a ser intitulada ‘síndrome de Burnout’ ou esgotamento profissional. Segundo especialistas, ela se caracteriza pela falta de energia e a tomada de sentimentos negativos quando pensamos em trabalho.
Em pesquisa realizada pela Associação Internacional de Gerenciamento de Estresse no Brasil (Isma-BR), 30% dos profissionais brasileiros de todas as áreas afirmaram sofrer de Burnout.
Preocupados com o assunto, a Organização Mundial da Saúde classificou a síndrome como uma doença ocupacional, apontando como motivadores a pressão no trabalho, cobranças, estresse, fadiga, exaustão e o colapso mental e físico.
Quem já passou pela síndrome de burnout pode dizer o quanto é difícil viver essa situação e como é um alívio estar em uma empresa que desenvolve um trabalho preocupado com o problema dos colaboradores.
Programas e RHs
Para os próximos anos, especialistas apontam que algumas das principais tarefas dos RHs das empresas e das cooperativas serão as relacionadas aos cuidados com a saúde mental. Karine Cavalcanti, Sócia fundadora da Conceito 3W, com dez anos de experiência em Recrutamento & Seleção, conta que é preciso que o setor esteja atento ao assunto, mapeando e corrigindo situações que possam levar ao burnout. “A ideia é fazer com que o RH seja realmente uma área que cuida de pessoas e não só de seus processos”, lembra Karine. A especialista enfatiza que um RH proativo se antecipa e não espera situações extremas acontecerem para agir depois.
Nas cooperativas
Nas cooperativas, a preocupação com o burnout tem sido um dos principais pontos em 2023. Antônio César Marini, Gerente de Gestão de Pessoas da Coamo Agroindustrial Cooperativa, conta que a principal causa da doença é justamente o excesso de trabalho. “Por isso, a necessidade de programas, políticas e gestores preparados para o tema. A possível volta ou não para o trabalho presencial, o luto experimentado por alguns que perderam seus familiares e amigos do trabalho ou fora dele, as sequelas deixadas para quem contraiu a covid-19, o absenteísmo e as incertezas que seguem com relação ao controle da doença, são motivos de grande preocupação para os responsáveis da gestão de pessoas e da área de Medicina Ocupacional das cooperativas”, lembra Marini.
3 dicas para cuidar da saúde dos seus colaboradores
Algumas dicas simples podem ajudar as empresas a evitarem a síndrome do burnout. Confira três sugestões simples e econômicas que a área de RH das empresas pode implementar para ajudar a cuidar da saúde mental dos times:
- Forneça saúde: Apostar em benefícios para a saúde mental dos colaboradores é uma excelente estratégia para conseguir reforçar a importância de cuidar da saúde mental do seu time. A principal dica da especialista é o uso dos cartões flexíveis.
- Torne os seus líderes mais humanos: Estimule-os a falarem de seus sentimentos, a serem mais empáticos, sensíveis com as situações do outro, a terem mais compaixão e a demostrarem as suas emoções.
- Eduque seu time sobre a produtividade: Muitos profissionais acreditam que se sentar em frente a um computador por 12 horas é sinônimo de produtividade. Porém, o que importa no final do dia é a quantidade e a qualidade das entregas.
Por Priscila de Paula – Redação MundoCoop
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