• POLÍTICA DE PRIVACIDADE
  • CONTATO
  • MÍDIA KIT
MundoCoop - Informação e Cooperativismo
Sem resultado
Ver todos os resultados
  • ECONOMIA & FINANÇAS
  • DESTAQUES
  • AGRONEGÓCIO
  • GESTÃO & NEGÓCIOS
  • ACONTECE NO SETOR
  • SOCIAL
  • INTERNACIONAL
  • ENTREVISTA
  • ECONOMIA & FINANÇAS
  • DESTAQUES
  • AGRONEGÓCIO
  • GESTÃO & NEGÓCIOS
  • ACONTECE NO SETOR
  • SOCIAL
  • INTERNACIONAL
  • ENTREVISTA
Sem resultado
Ver todos os resultados
MundoCoop - Informação e Cooperativismo

“O físico não é mais essencial, mas seguirá como um ativo estratégico para gerar vínculo humano” – Edgar de Abreu é Professor e CEO da 4U EdTech

MundoCoop POR MundoCoop
14 de outubro de 2025
ENTREVISTA
Edgar de Abreu é Professor e CEO da 4U EdTech

Edgar de Abreu é Professor e CEO da 4U EdTech

CompartilheCompartilheCompartilheCompartilhe

Nos últimos anos, o sistema financeiro vive uma transformação silenciosa, mas profunda. Enquanto grandes bancos reduzem a presença física e apostam no digital como principal canal de relacionamento, as cooperativas de crédito seguem na contramão, investindo em agências multifuncionais que se tornaram espaços de convivência, negócios e comunidade.

Num cenário marcado pela inteligência artificial, autonomia digital e novas formas de consumo, o papel do contato humano volta a ser debatido. Para compreender essa mudança de paradigma, a MundoCoop conversou com Edgar de Abreu, Professor e CEO da 4U EdTech.

Em uma conversa exclusiva, Abreu analisa as estratégias por trás da digitalização e o valor que a presença física ainda exerce no setor financeiro, e destaca o impacto da IA nas relações financeiras, os riscos da virtualização total e como o futuro das instituições passa por um modelo híbrido: menos espaço, mais propósito.

Confira!

Nos últimos anos, temos visto grandes bancos fechando agências, enquanto cooperativas de crédito seguem investindo em espaços físicos multifuncionais. Na sua visão, o que explica essa diferença de estratégia entre os dois modelos?

A principal diferença está no modelo de negócio e na relação com o cliente. Nos bancos tradicionais, o fechamento de agências é uma estratégia financeira: menos espaço físico significa redução de custo e aumento de margem. Isso não indica encolhimento, ao contrário, o número de clientes por gerente aumentou muito nos últimos anos. Hoje, um gerente não gerencia uma agência, mas uma carteira de clientes.

Já nas cooperativas, a lógica é oposta. Como não têm fins lucrativos, o objetivo não é cortar custos, mas gerar sobras e proximidade. A agência é vista como ponto de convivência e confiança, especialmente em comunidades menores, onde a presença física ainda gera pertencimento.

Em resumo: os bancos estão reduzindo espaço para ganhar eficiência financeira, e as cooperativas estão ampliando espaço para ganhar relevância relacional. Ambos, porém, caminham para um ponto de equilíbrio.

Com o avanço dos canais digitais e da inteligência artificial no atendimento, qual é hoje o verdadeiro valor de uma presença física para uma instituição financeira? Trata-se de necessidade ou de diferencial competitivo?

A presença física hoje deixou de ser necessidade operacional e se tornou diferencial competitivo. Antes, o cliente precisava ir até o banco para resolver qualquer coisa: abrir conta, pagar conta, investir. Agora, com a IA e o digital, tudo isso pode ser feito remotamente. O espaço físico passa a ser um lugar de desejo, não de obrigação, um ambiente pensado para negócios, café, reuniões e relacionamento.

A IA, por sua vez, libera o gerente das tarefas repetitivas (resgates, aplicações simples, cotações, etc.), permitindo que ele dedique tempo ao que realmente importa: relacionamento, confiança e operações estruturadas.

Portanto, o físico não é mais essencial, mas continua sendo um ativo estratégico quando usado para gerar vínculo humano e experiências positivas.

As cooperativas de crédito apostam em agências que vão além do atendimento, criando espaços de convivência e conexão com a comunidade. Essa abordagem pode ser considerada um modelo de relacionamento mais sustentável no longo prazo?

As cooperativas têm uma proposta de relacionamento mais sustentável no longo prazo. Elas tratam o espaço físico como extensão da comunidade, e não apenas como ponto de atendimento. Esse modelo cria vínculo social e emocional, fortalece a principalidade bancária (onde o cliente concentra suas principais operações) e gera fidelização natural, algo raro no mercado atual, onde cada pessoa tem conta em média em cinco instituições.

Essa presença relacional, somada à digitalização equilibrada, cria um modelo mais humano e duradouro, especialmente em regiões onde o relacionamento ainda pesa mais que a conveniência.

Em um cenário em que a digitalização é inevitável, quais riscos as instituições correm ao abandonar completamente a presença física? Há um limite para a “virtualização” das relações financeiras?

O maior risco é desumanizar o relacionamento. A digitalização é inevitável, mas há um limite para a “virtualização” das relações financeiras. Nem todos os clientes têm maturidade digital, e mesmo os mais jovens, quando enfrentam decisões complexas, crédito, sucessão, investimentos, ainda buscam apoio humano.

Abandonar o físico por completo pode gerar desassistência, perda de confiança e uma percepção de que o banco “não tem dono”. O ideal é um modelo híbrido, onde a IA cuida do operacional e o humano do emocional e estratégico. O físico continua sendo o espaço onde essa relação se consolida.

O público mais jovem, especialmente a Geração Z, tem mostrado preferência clara por interações digitais e autonomia financeira via aplicativos. Como as instituições podem equilibrar essa nova dinâmica com a manutenção de espaços físicos relevantes?

A Geração Z valoriza autonomia e agilidade, mas também busca propósito e experiência. Eles não querem filas nem burocracia, mas gostam de lugares onde possam se conectar, aprender e viver experiências reais.

As instituições podem equilibrar isso com espaços menores, mas mais inteligentes, hubs de convivência, coworkings, cafés, salas de negócio e eventos de educação financeira. Assim, o físico deixa de ser agência e vira ponto de experiência.

Em resumo: o digital resolve o “o quê”, o físico entrega o “por quê”.

Pensando no futuro do sistema financeiro, você acredita que veremos um modelo híbrido consolidado — com espaços físicos mais enxutos, mas estrategicamente posicionados — ou a tendência é de uma digitalização total do relacionamento com o cliente?

O futuro será híbrido e estratégico. Os bancos devem parar de fechar agências em massa e as cooperativas, de abrir sem critério. O novo modelo deve unir presença física enxuta, tecnológica e bem localizada com atendimento digital inteligente via IA. A lógica será: menos espaço, mais propósito.

A IA vai atender com eficiência quem está desassistido, enquanto o humano vai fortalecer a confiança e o relacionamento, o verdadeiro ativo financeiro de qualquer instituição.


Por Leonardo César – Redação MundoCoop

ANTERIOR

Quando a palma da mão vira carteira: a revolução dos pagamentos no Brasil – por Frederico Sato e Marcelo Mafra

PRÓXIMA

Tecnologia e Cooperação: o futuro dos seguros com alma cooperativa

MundoCoop

MundoCoop

Informação e inspiração para o cooperativismo.

Relacionado Posts

John Elkington é o pai da sustentabilidade corporativa
ENTREVISTA

“O cooperativismo tem muito a ensinar às empresas tradicionais” – John Elkington é o pai da sustentabilidade corporativa

19 de novembro de 2025
Cláudio Halley é Superintendente de Estratégia e Gestão do Sicoob
ENTREVISTA

“O valor de uma marca se consolida quando há coerência entre propósito e entrega” – Cláudio Halley é Superintendente de Estratégia e Gestão do Sicoob

17 de novembro de 2025
Mauro Marquiotti é Presidente da Unicred União
CONTEÚDO DE MARCA

 “O cooperativismo tem muito a contribuir com o debate ambiental” – Mauro Marquiotti é Presidente da Unicred União

10 de novembro de 2025
Dra. Rose Karimi Kiwanuka é diretora da ACI África
ENTREVISTA

“As cooperativas são os motores silenciosos da transformação em África” – Dra. Rose Karimi Kiwanuka é diretora da ACI África

8 de novembro de 2025
Jay Parikh é VP da Microsoft 
ENTREVISTA

“Liderança que não usa IA pessoalmente perde credibilidade” – Jay Parikh é VP da Microsoft 

3 de novembro de 2025
entrevista 2
ENTREVISTA

Os caminhos do cooperativismo financeiro no Brasil: experiências, lições aprendidas e recomendações para o futuro

28 de outubro de 2025

NEWSLETTER MUNDOCOOP

* Preenchimento obrigatório

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Créditos da foto: Mel Pacheco
CONTEÚDO DE MARCA

Viacredi anuncia nova composição da Diretoria Executiva

26 de novembro de 2025
Chatbots ganham força no cooperativismo com soluções para aproximar cooperados
DESTAQUES

Chatbots ganham força no cooperativismo com soluções para aproximar cooperados

26 de novembro de 2025
Cooperativa de crédito alavanca desenvolvimento de pequenos negócios no norte do país
ECONOMIA & FINANÇAS

Cooperativa de crédito alavanca desenvolvimento de pequenos negócios no norte do país

26 de novembro de 2025
LinkedIn Instagram Facebook Youtube

FALE COM A MUNDOCOOP

MundoCoop - O Portal de Notícias do Cooperativismo

ANUNCIE: [email protected]
TEL: (11) 99187-7208
•
ENVIE SUA PAUTA:
[email protected]
•
ENVIE SEU CURRÍCULO:
[email protected]
•

EDIÇÃO DIGITAL

CLIQUE E ACESSE A EDIÇÃO 126

BAIXE NOSSO APP

NAVEGUE

  • Home
  • Quem Somos
  • Revistas
  • biblioteca
  • EVENTOS
  • newsletter
  • Anuncie

1999 - 2025 - © MUNDOCOOP. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.

Sem resultado
Ver todos os resultados
  • Home
  • Revista MundoCoop
  • Biblioteca
  • Newsletter
  • Quem Somos
  • Eventos
  • Anuncie

1999 - 2025 - © MUNDOCOOP. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.

Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você está dando consentimento para que os cookies sejam usados. Visite o nosso Política de Privacidade e Cookies.