Você sabia que pode escolher o destino dos resultados de uma instituição financeira e ainda receber parte deles? Para os cooperados do Sicoob, isso acontece todos os anos. Como donos, os associados se reúnem para tomar as decisões sobre o futuro da cooperativa.
Democracia – Isso acontece, porque diferente de um banco, que é controlado por acionistas e visam o lucro, em uma cooperativa quem toma as decisões são os cooperados, independente da participação econômica. Ou seja, todos têm os mesmos direitos e deveres e o mesmo peso na votação, garantindo os pilares da transparência e da democracia, que são princípios do cooperativismo.
Mas como é calculado o resultado financeiro anual da cooperativa?
O cálculo dos resultados financeiros de uma cooperativa é feito pela contabilidade da instituição e envolve todos os saldos positivos da cooperativa financeira ao longo do ano.
É como um balanço anual, no qual são detalhados todos os valores de cada movimentação realizada pela cooperativa. Essa relação é apresentada aos cooperados e deve ser aprovada por eles.
E como funciona a divisão dos resultados financeiros na cooperativa?
A distribuição das sobras ou resultados em uma instituição financeira cooperativa é realizada de maneira democrática, por meio de uma assembleia, que acontece anualmente.
Separamos esse processo em 3 estágios para ficar mais claro:
1. Prestação de contas
Nas assembleias, os cooperados discutem a prestação de contas do ano anterior. É nesse momento que eles entendem os valores arrecadados e movimentados, quais as taxas, os custos gerais e o que restou.
É necessário que a prestação de contas seja em forma de demonstrações contábeis, para indicar em que cada valor foi utilizado. A transparência é fundamental nessa etapa!
2. Votação
Uma vez encerrada a prestação de contas, é o momento de votar a aprovação das contas e a forma que a distribuição das sobras será realizada.
Para as cooperativas, é necessário que, pelo menos, 10% das sobras líquidas sejam destinadas ao Fundo de Reserva, possibilitando que a instituição financeira realize as suas operações e que, pelo menos, 5% sejam destinadas ao Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social (FATES), destinado à prestação de assistência aos associados, seus familiares e, quando previsto nos estatutos, aos colaboradores da cooperativa. Por exemplo, se houver sobras de R$ 10 milhões, 20% podem ser destinadas ao Fundo de Reserva, 5% ao FATES e 75% dessas divididas entre os cooperados.
A estratégia é definida pelos cooperados. Vale lembrar que cada um tem direito ao voto, sendo a decisão tomada a mais democrática para todos.
3. Distribuição das sobras
Definindo como as sobras serão empregadas, é a hora de realizar a sua distribuição. Os critérios que definem a participação nas sobras são baseados na movimentação que cada cooperado fez sobre os seguintes serviços:
●Conta corrente (depósitos à vista).
●Aplicações (depósitos a prazo).
●Empréstimos (operações de crédito).
●Reciprocidade na utilização dos produtos e serviços financeiros da cooperativa.
Nesse sentido, as sobras são divididas de forma proporcional à contribuição dos cooperados para a formação do capital social da cooperativa.
Além do critério para distribuição das sobras, também são discutidas e votadas as soluções mais adequadas e sustentáveis aos cooperados e às suas comunidades. Afinal, cuidar das comunidades em que estão inseridas é um dos princípios do cooperativismo.
O Sicoob, por exemplo, conta com o Instituto Sicoob, cujo objetivo é difundir a cultura cooperativista e contribuir para a promoção do desenvolvimento sustentável das comunidades.
A instituição é responsável por programas e projetos dentro de três eixos:
●Cooperativismo e Empreendedorismo.
●Cidadania Financeira.
●Desenvolvimento Sustentável.
A partir desses eixos, o Instituto atua em parceria com o Sicoob, realizando ações conjuntas e integradas às cooperativas.
Fonte: G1/Sicoob Credicapital
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