COLUNA SAÚDE MENTAL INTEGRATIVA
É com imensa satisfação que, à partir dessa edição da Revista Mundocoop, assino essa coluna sobre Saúde Mental.
Trago aqui uma pauta urgente, especialmente em cooperativas, onde a colaboração é essencial. Pesquisas recentes mostram que a saúde mental dos trabalhadores no Brasil e no mundo está em estado crítico.
Os Transtornos Mentais Relacionados ao Trabalho (TMRT) são a terceira maior causa de afastamento no país. Além disso, segundo pesquisa feita pela Fiocruz, houve um aumento alarmante de suicídios, com cerca de 14 mil casos registrados em 2023, quase todos em brasileiros em idade produtiva.
Esse cenário preocupante e com números crescentes apontam para uma nova competência essencial para o líder: Gestão de Saúde Mental.
Destaco aqui a necessidade das empresas desenvolverem práticas de saúde mental de forma preventiva. Só assim conseguiremos, globalmente, mudar o cenário dessa epidemia silenciosa.
Impactos do Sofrimento Psíquico
A ausência física (absenteísmo) e a presença sem engajamento (presenteísmo) são sinais claros de sofrimento mental. Quando os funcionários estão ausentes ou presentes, mas mentalmente distantes, isso não só reduz a produtividade e aumenta falta de atenção, mas também pode gerar conflitos internos que afetam toda a equipe.
Façamos aqui uma reflexão, cada um de nós somos um sistema, carregados de sonhos, anseios, traumas, frustrações, enfim… quando chegamos ao ambiente de trabalho nos relacionamos com outras centenas de pessoas, cujos sistemas também estão carregados de outras complexidades.
Num clima organizacional favorável já seria um grande desafio, imaginem quando esses sistemas encontram um ambiente nocivo e um líder despreparado. Não há de se negar que os resultados da empresa serão negativamente impactados, concordam?
Vamos à algumas abordagens práticas:
1. Promoção de programas de desenvolvimento que debatam sobre o tema, ouvindo os funcionários;
2. Capacitação de Gestores para que líderes possam identificar e apoiar funcionários que precisam de acolhimento;
3. Espaços de diálogo, criar ambientes onde as pessoas possam se expressar sem medo;
4. Políticas Claras, com diretrizes, ações institucionais e métricas;
5. Monitoramento contínuo da eficácia das ações ligadas a saúde mental.
A adoção dessas práticas ilustra exatamente o circulo virtuoso, que é o cerne de uma cooperativa:
– Gestão Humanizada e empática;
– Aumento da Produtividade;
– Redução de Riscos;
– Melhora do Clima Organizacional e engajamento;
– Fortalecimento da Imagem, além dos funcionários, os sócios também perceberão esse valor a cada interação.
Implementar práticas de saúde mental é vital. Ao adotar uma abordagem humana e proativa, é possível construir um ambiente de trabalho mais saudável, produtivo e próspero!
*Taís Di Giorno é jornalista, já atuou como colunista do Canal My News do YouTube, Band TV, Feiras e Negócios, tem 24 anos de experiência no cooperativismo financeiro, criadora e apresentadora do Programa Café Cooperativo e autora do livro com o mesmo nome.
Coluna exclusiva publicada na edição 118 da Revista MundoCoop
LEIA NA ÍNTEGRA A NOVA EDIÇÃO DA REVISTA MUNDOCOOP