O movimento cooperativista tem um ano decisivo em 2025, com a expectativa de ampliar significativamente sua rede de alcance e importância em escala global. Considerado um pilar essencial para o crescimento do mercado em diversas frentes, o segmento será alçado a um patamar de destaque que, para muitos, já deveria ter sido alcançado há anos, impulsionado pela declaração da ONU do Ano Internacional das Cooperativas.
Neste cenário, com mais de 3 milhões de cooperativas em todo o mundo e números que ultrapassam 1 bilhão de cooperados, as dez principais tendências para o segmento se tornar cada vez mais inovador e disruptivo devem fazer parte do dia a dia do setor, integrando todos os seus processos e as comunidades do seu entorno.
Na oitava parte do Especial 10 Tendências para o Cooperativismo, o tema é “Integração de Realidade Aumentada (AR) e Realidade Virtual (VR)”!

A era digital não começou hoje. No entanto, ao longo da história das tecnologias, o século XX trouxe, por meio do computador, uma nova dimensão no mundo: a dimensão virtual. Segundo Celso Camilo, professor de IA da UFG e Cofundador do Centro de Excelência em Inteligência Artificial e AKCIT Tecnologias Imersivas, já foi iniciada a digitalização dos processos, levando dados que representam objetos, comportamentos e relacionamentos da dimensão física para o mundo virtual.
“Com o aumento da digitalização e da adoção de ferramentas computacionais, aumentamos os benefícios e a imersão das pessoas nessa nova realidade: a realidade ‘figital’, onde o físico se conecta ao digital. Novas tecnologias surgiram, entre elas a VR, Realidade Virtual, e a AR, Realidade Aumentada, que aumentam o grau de imersão e/ou integração dos mundos virtuais. Com isso, as interfaces homem-máquina tomam características mais fluidas e amigáveis. E assim, novas aplicações tornam-se viáveis tecnicamente e economicamente”, explica.
Celso afirma que, como toda tecnologia de imersão, a VR e a AR podem dar maior usabilidade para os sistemas e melhor experiência para o usuário. “Várias são as aplicações possíveis, mas estendendo a realidade com essas tecnologias, a cooperativa pode criar para os cooperados interfaces e soluções que agregam valor. O uso de RV pode simular atendimentos e treinar colaboradores da cooperativa, tornando o treinamento mais eficaz e eficiente”, ensina.
No segmento do cooperativismo, o professor acredita que as cooperativas financeiras tendem a aproveitar mais rápido dessas tecnologias, mas podem ser aplicadas em qualquer setor. Entre as áreas, atendimento ao cliente e RH devem ser os mais favorecidos, segundo o especialista. “Vivemos em uma economia da atenção, onde quem capta e retêm a atenção das pessoas tem mais vantagem competitiva. Tecnologias imersivas, como RV e AR, são as principais para prender maior tempo de atenção. A cooperativa deve iniciar com um projeto menor para entender os benefícios e resultados. Depois aumentar o investimento e a complexidade dos projetos”, conclui.
Por Leticia Rio Branco – Redação MundoCoop
Conheça as outras tendências em destaque:

Tendência 1: Tecnologias Verdes

Tendência 2: Parcerias e Redes de Cooperação

Tendência 3: Desafios de Trabalho e Bem-estar Social

Tendência 4: Diversidade e Inclusão como Fatores Estratégicos

Tendência 5: Novo perfil de consumidor

Tendência 6: Democratização do conhecimento

Tendência 7: Transparência em Negócios
Por Leticia Rio Branco – Redação MundoCoop

Matéria exclusiva publicada na edição 122 da Revista MundoCoop