Se tudo caminhar bem, até 2027 teremos mais de 30 milhões de cooperados no país. Pelo menos é isso o que espera o Sistema OCB que só vê vantagens econômicas e sociais para o avanço do movimento do cooperativismo.
Os especialistas explicam que as cooperativas vêm ampliando a sua participação no mercado e se tornando mais conhecidas pela sociedade em geral, por ser um modelo alternativo ao sistema competitivo e de concentração de renda.
As perspectivas do cooperativismo para os próximos anos são positivas, segundo Márcio Freitas, presidente do sistema OCB, a tendência é de crescimento exponencial alavancado pela profissionalização da gestão, as inovações tecnológicas, fortalecimento das marcas, aderência plena à pauta ESG, sobretudo, pela valorização de princípios éticos e justos no relacionamento com as partes interessadas. “O modelo evidencia princípios que a sociedade tem buscado e valorizado cada vez mais, tais como uma melhor distribuição de renda, consumo consciente, responsabilidade socioambiental, inclusão de jovens e mulheres, alinhamento a políticas públicas, valorização das pessoas, liberdade de expressão e de participação, entre outros. Tudo isso soma-se à uma crescente profissionalização da gestão e da melhoria do nível de competitividade por parte das cooperativas”, lembra Freitas.
Elas são 4880
Hoje são 4.880 cooperativas distribuídas pelo país e atuantes nos mais diversos ramos. Esse movimento alcançou a marca de R$784,3 bilhões, uma parcela 20% maior do que no ano anterior. Em termos de gênero, as mulheres são 40% do total de cooperados, que se distribuem nos ramos de consumo e saúde.
Do total, 2535 estão há mais de 20 anos no mercado, apenas 1938 tem entre 21 a 40 anos e 597 com mais de 40 anos.
Delas temos 9 cooperativas com 100 anos, são elas: Santa Clara, Coopereco, Sicredi Vale do Rio Pardo/RS, Sicredi Região Centro RS/MG, Sicredi União RS/ES, Cotribá, Sicredi Caminho das Águas RS, Sicredi Integração RS/MG e Sicredi Pioneira RS.
Frente a tantos desafios econômicos, sociais, financeiros, legais e mercadológicos, as cooperativas seguem se adaptando aos obstáculos, adversidades e muitas vezes a escassez de recursos.
Embora as cooperativas, assim como as empresas, visam competitividade no mercado e resultados financeiros, elas se distinguem. Um dos motivos são os seus princípios: adesão voluntária e livre; controle democrático pelos membros; participação econômica dos associados; autonomia e independência; educação, formação e informação; intercooperação e interesse pela comunidade. “O objetivo primordial é atender aos interesses econômicos e sociais dos cooperados. As sobras obtidas, anualmente, são repartidas entre todos de forma proporcional”, lembra Márcio.
Como elas passam dos 100
Um dos maiores mistérios nesse setor é qual o segredo para uma cooperativa viver tantos anos. Júnior Borneli, fundador da StartSe e autor de Organizações infinitas: O segredo por trás das empresas que vivem para sempre da editora gente dá uma dica. “Um deles é o valor que se entrega. Os cooperados precisam se sentir representados pela cooperativa, ter valores alinhados e enxergar os benefícios claros da sua permanência nessa comunidade”, lembra o autor.
Borneli relata que quando se cria um ambiente onde todos se reconhecem, recebem apoio e compartilham suas experiências, as coisas tendem a funcionar melhor e consequentemente durar mais.
Só é possível conseguir isso quando a cooperativa consegue antecipar os movimentos. Junior ensina que para isso é necessário que a cooperativa se reinvente o tempo todo, olhando o mercado e colocando o cooperado no centro de tudo. “As que ficaram pelo caminho foram aquelas que negligenciaram a relação com seus cooperados e não tiveram a competência de continuar gerando valor”, lembra Júnior.
O interesse do cooperado
Outro requisito levantado pelos especialistas fundamental para que uma cooperativa se tornar longeva é colocar o interesse coletivo em primeiro plano. O presidente da OCB relata que as cooperativas que se tornam centenárias sempre colocam o cooperado em primeiro lugar e preservam os seus princípios. “Com o cooperado em mente, ela vai aprimorando sua gestão em um bom planejamento estratégico, missão, valores e visão de futuro, que se desdobram em objetivos claros, metas bem definidas e resultados cada vez mais positivos”, lembra Freitas.
Os cooperados somente continuarão prestando apoio as cooperativas se concordarem com a estratégia, com o modelo de negócio e com a forma de administração dos recursos.
Toda Cooperativa que deseja alcançar os seus 100 anos precisa estar atenta à alguns requisitos essenciais, como: as práticas ESG, o monitoramento contínuo do desempenho por meio de indicadores nas três perspectivas, a articulação com parceiros externos, a geração de conhecimento e a identificação de oportunidades de negócio que possam garantir, não só a sobrevivência, mas os seus desenvolvimentos.
Após estudar durante anos o cooperativismo e atuar como gestor em uma delas, Milton Hummel, Mestre em Administração do Desenvolvimento de Negócios e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie compara o processo de desenvolvimento das cooperativas aos de uma empresa. Tanto uma, quanto a outra precisam oferecer um produto e serviço, no entanto ao longo da gestão, o que faz a diferença delas são a sua governança. O que irá determinar os seus sucessos é ter uma liderança muito sólida, que ao longo do tempo compartilha com os associados como ela está se desenvolvendo e tenha em mente a sua essência.
Ela nasce para viver
Uma cooperativa já nasce com uma essência longeva e isso só não ocorre quando os seus dirigentes cometem algum erro, explica Mário José Kozen, Especializado em cooperativismo e conselheiro de administração da Sicredi Pioneira RS. “O insucesso ocorre por incompetência, falta de conhecimentos, iniciativas, individualismo ou pensar mais no próprio umbigo, do que na organização”, lembra Kozen.
A razão das cooperativas não darem certo podem ser muitas, entre elas estão as divergências internas, baixa participação nas decisões, ao afastamento dos cooperados e até mesmo a rupturas nos negócios com a cooperativa. “A falta de uma estratégia de negócio, também faz com que cada um passe a agir por si próprio. Portanto, o papel da liderança é primordial no direcionamento da organização e na obtenção da confiança necessária para se obter a fidelização dos cooperados e, consequentemente, dos demais stakeholders”, diz Freitas.
A cooperativa que deseja viver mais anos também precisa enfrentar alguns desafios, entre eles o da adesão de novas tecnologias e inovações. Quanto mais tecnologia aplicada, mais eficiência, menos perdas, mais previsibilidade.
E falando em continuidade de sucesso, o cooperativista e advogado Américo Utumi, de 89 anos, ressalta que as inovações precisam vir dos cooperados, e a grande dificuldade é a sua difusão e adoção. Ele lembra que o gestor precisa ter em mente que os associados são os donos da cooperativa.
Além disso, Utumi pontua um tópico que acompanha a trajetória das cooperativas e, mesmo não interferindo em seu êxito, é uma das questões que o movimento sempre enfrentou, o reconhecimento. Para ele, o surgimento das cooperativas foi reconhecido somente após 1995 quando o Banco Central, após uma longa pressão do setor cooperativista, autorizou a constituição dos Bancos Cooperativos, o Bancoob e o Bansicredi. “Em 1966, por ocasião da reforma tributária, as cooperativas de crédito foram proibidas de funcionar, com exceção das cooperativas de crédito rural. Nesta época, foram fechadas quase todas as cooperativas de crédito do tipo Luzzatti. As que sobreviveram foram às custas de amparo jurídico, mediante mandados de segurança”, diz Américo.
Alcançando um século de existência
Cooperativa Cooxupé, Guaxupé/MG, 91 anos
A Cooperativa Cooxupé tem 91 anos e foi fundação em 1932, quando 24 produtores rurais de Guaxupé/MG se uniram para formar uma cooperativa de crédito. Carlos Augusto Rodrigues de Melo, 70 anos de idade, há 45 anos na Cooxupé conta que o objetivo da cooperativa era fazer um trabalho em equipe para enfrentar e superar aquele momento tão difícil para a cafeicultura. O segredo de se manter ativa por 91 anos segundo Carlos é: “O pertencimento. Uma cooperativa nunca deve se esquecer de que o seu cooperado é o dono dela e, portanto, o centro das atenções. Assim como, também, o cooperado precisa ter essa consciência de que ele é o dono da cooperativa a qual pertence. Se o cooperado não é atendido em suas necessidades, a cooperativa fracassou, mesmo que tenha alcançado bons resultados financeiros”. Lembra o presidente da Cooxupé.
Sicredi Caminho das Águas, com 99 anos, completa 100 esse ano.
Constituída em 1923, a Sicredi Caminho das Águas tem mais de 300 soluções financeiras, reúne mais de 75 mil associados em 33 municípios. Celso Agostinho Trentin, 62 anos, administrador de empresas, presidente da Sicredi Caminho das Águas conta que o segredo do sucesso é em primeiro lugar ter uma gestão transparente para os seus associados. “Além de uma administração profissional, competente, colocando o associado no centro de tudo, em que o associado também se entenda como dono do negócio e participe do processo assemblear e no dia a dia da cooperativa. Ela precisa seguir os princípios e os valores do sistema cooperativo, respeitando os normativos, Banco Central e Conselho Monetário Nacional”, lembra Celso. O presidente conta que uma cooperativa é uma união de pessoas, que participam entendendo o negócio, buscando uma via de duas mãos que seja bom para o associado e para a cooperativa. “Em uma empresa normal é o dono quem dita suas normas e seus planos e vai em busca. Uma cooperativa tem que ser construída com os ideais, com os princípios e propósitos da cooperativa que se encaixem dentro de um crescimento e desenvolvimento também dos associados”, finaliza Trentin.
Elas já passaram dos 100
Sicredi Vale do Rio Pardo RS, com 104 anos
A Cooperativa existe há 112 anos e foi fundada no dia 21 de setembro de 1919 como a Caixa Econômica e de Empréstimo Rural União Popular de Santa Cruz. Ela teve como seu primeiro presidente Feliz Hoppe e só em 1925 passou a ser chamada de Cooperativa de Crédito Caixa União Popular de Santa Cruz.
Para Heitor Álvaro Petry, 62 anos, não há segredo para se obter longevidade, mas sim diversos fatores contribuíram ao longo da história da Vale do Rio Pardo que passou a integrar o sistema Sicredi. Ele acredita que ao longo dessa trajetória foi importante ter lideranças dedicadas ao processo, ter associados que confiavam nas suas cooperativas, e se mantiverem ativas nos movimentos sociais. A questão determinante para o seu sucesso foi cumprir o seu processo no campo econômico e social, isso garantiu a sua sustentabilidade, harmonizando todos os seus aspectos”, lembra.
Sicredi Região Centro RS/MG, com 109 anos
A cooperativa existe desde 27 de outubro de 1914, ela tem 109 anos e foi a 4ª cooperativa na América Latina fundada pelo Padre Theodor Amstad, precursor do cooperativismo de crédito no Brasil. Luiz Alberto Machado Lopes, 59 anos, diretor Executivo da Sicredi Região Centro RS/MG conta que desde os primórdios, sempre se teve como desafio da cooperativa a difusão do conceito e princípios do cooperativismo, e os impactos positivos que esse modelo gera nas comunidades. “A nossa essência está no relacionamento com os nossos associados, que permite um modelo de gestão financeira com transparência e respeito à individualidade de cada um deles, sempre na busca do desenvolvimento coletivo”, conta.
Lopes conta que para ele o sucesso de uma cooperativa ocorre fundamentalmente a partir da participação ativa de seus associados, e da transparência em todo o processo de gestão. “Penso que muitas cooperativas encerram suas atividades por não colocarem o associado no centro, não cumprirem o seu propósito de forma genuína com a comunidade. Mas existe também o importante fator da gestão, que cada vez mais deve ser profissionalizada, com governança e clara definição de papéis e responsabilidades. Não existe mais espaço para amadorismo em nenhum modelo de negócio, e no cooperativismo não é diferente”, finaliza.
Sicredi União RS/ES, com 110 anos
A Sicredi União RS/ES vai completar 110 anos no dia 06 de julho de 2023. Ela tem Sede em Santa Rosa/RS, sua área de atuação é em 39 municípios da região Noroeste e Missões do Rio Grande do Sul e 22 municípios da região Sul do Espírito Santo. Sidnei Strejevitch, 47 anos, presidente da Sicredi União RS/ES, está há 30 anos na Cooperativa, conta que a história da cooperativa teve início em 1913, em Cerro Largo/RS, pelo Padre Theodor Amstad. “Somos, juntamente com a Sicredi Pioneira, as únicas fundadas com a presença de Amstad. Ele trouxe a ideia e os planos para fundar a Caixa Rural para a comunidade Colônia Serro Azul, onde hoje é Cerro Largo/RS, convocando os líderes locais na época para dar início a essa ideia de implantação de Caixas Rurais, baseadas no modelo Raiffeisen, sistema que ele havia conhecido na Europa”, lembra.
Em 2020, eles conquistaram 39 municípios da região de atuação no Rio Grande do Sul e em 03 de dezembro de 2020 os associados aprovaram, em Assembleia Extraordinária, a expansão das atividades para a região Sul do Estado do Espírito Santo, alterando a área de atuação para mais 22 municípios. Com isso, a Cooperativa passou a se chamar Cooperativa de Crédito, Poupança e Investimento União – Sicredi União RS/ES.
Sidnei conta que o segredo do sucesso está em olhar para as necessidades do cooperado e para a educação. Ele acredita que manter a coerência entre os interesses dos associados, manter sustentável o financeiro, e um trabalho de educação feito tanto com os associados, coordenadores de grupos quanto o de colaboradores foi fundamental para a longevidade da cooperativa.
Santa Clara, com 112 anos
Nasceu em 1911, com 17 pequenos agricultores da região de Santa Clara instalam uma pequena fábrica de queijo e manteiga com nome de Latteria Santa Chiara. A data oficial de fundação da Santa Clara é 10 de abril de 1912, quando seus 31 fundadores a transformaram em cooperativa com a razão social de Cooperativa de Laticínios União Colonial Ltda. Em 1943 aconteceu a Fundação da Cooperativa Agrícola Carlos Barbosa Ltda., com o objetivo de industrializar, beneficiar e vender trigo, milho e arroz.
A Cooperativa foi pioneira na utilização de inseminação artificial no Rio Grande do Sul. O presidente da cooperativa Gelsi Belmiro Thums, 61 anos, conta que o segredo de ter uma cooperativa centenária é trabalhar com ética, transparência e muita dedicação. Ele conta que a cooperativa começou com a solidez de famílias, que não tinham uma visão só do resultado e do lucro, mas em prol da união, em fazer o produto com excelência, entregá-lo, para depois receber os seus frutos. “As lideranças precisam estar comprometidas com o todo e não desejarem os lucros individuais. É importante sempre pensar a favor do corporativismo, que ainda é o melhor caminho para a sociedade”, lembra Gelsi.
Cotribá, com 112 anos
A Cotribá tem 112 anos, ela foi fundada em 21 de janeiro de 1911 e tem sede administrativa em Ibirubá (RS). A cooperativa conta hoje com mais de 9100 associados e tem como uma das associadas da CCGL. A sua história começou a partir da iniciativa de um grupo de pessoas que se reuniu para fundar uma entidade cooperativa sob o modelo alemão. A cooperativa desde cedo manifestou sua preocupação com o manejo adequado das lavouras.
Celso Leomar Krug, engenheiro agrônomo, presidente Cotribá desde 1976 iniciou a sua trajetória com o trabalho de implantação da bacia leiteria na região do Alto Jacuí/RS, com foco nas pequenas propriedades e como uma forma de diversificar a atividade econômica dos associados. Ele conta que o segredo da longevidade da cooperativa é ter otimismo para enfrentar as adversidades e manter diariamente a motivação. “Um líder precisa estar preocupado em manter o otimismo para que os seus liderados realizem um excelente trabalho. Estar alinhado com os princípios do cooperativismo e unir esforços para beneficiar todos os envolvidos da cooperativa: produtores, associados, colaboradores, clientes e comunidade. Estar aberto ao constante diálogo para ouvir as necessidades dos nossos associados e ter a responsabilidade de buscar os bons resultados, mesmo diante das dificuldades, pois são nesses momentos que encontramos a solução para os problemas”, lembra Krug.
Sicredi Integração RS/MG, 116 anos
A cooperativa Sicredi Integração RS/MG tem 116 anos e foi fundada no dia 1º de março de 1906, quando 18 lajeadenses, inspirados pelo padre Theodor Amstad, se reuniram e deram início à Caixa Econômica e de Empréstimo de Lageado. Adilson Carlos Metz, 53 anos, presidente da Sicredi Integração RS/MG conta que o desafio inicial foi o mesmo de qualquer empresa. “Convencer as pessoas sobre as vantagens, viabilidade e credibilidade de um negócio baseado na coletividade”, lembra.
Metz relata que após sofrer diversas alterações estatutárias e organizacionais, com restrições de funcionamento e um declínio na sua atuação, a instituição chegou em 1993 com apenas quatro associados que tinham como alternativa a divisão do então patrimônio composto por uma sala comercial de 80m² no centro da cidade para posterior encerramento da cooperativa. “Foi quando um grupo de lideranças, coordenado por Ruben Neitzke, iniciou um movimento que culminou com o ingresso no sistema Sicredi”, diz.
Sobre o segredo de chegar aos 116 anos, Adilson indica o apoio da comunidade e a governança feita por pessoas capacitadas, honestas e transparentes. “Os fatores determinantes para o sucesso são a confiança, respeito e credibilidade que conquistamos perante as pessoas, a comunidade e os associados. Isso porque as cooperativas oferecem um modelo diferente, de inclusão, que trazem as pessoas para dentro e dão oportunidade para que todos cresçam, participem e consigam obter um poder aquisitivo melhor e mais qualidade de vida”, lembra.
Sicredi Pioneira RS, com 120 anos
Em 1898 nasce o “Bauerverein”, espécie de sindicato de agricultores, uma associação interconfessional que reunia católicos e luteranos, para o compartilhamento de técnicas produtivas. Mais tarde, na Linha Imperial, interior de Nova Petrópolis, nasce em no dia 28 de dezembro de 1902 a “Sparkasse”, Caixa de Economias e Empréstimos Amstad, inspirada no modelo europeu de Raiffeisen.
Tiago Luiz Schmidt, 42 anos, presidente da Sicredi Pioneira acredita que o “segredo do sucesso” está diretamente ligada ao propósito, motivo principal pelo qual a cooperativa nasceu. “Fez com que os associados conseguissem superar os desafios que se apresentaram ao longo da história da cooperativa, os quais certamente a impactaram. Podemos destacar a Primeira e Segunda Guerra Mundial, a gripe espanhola, as limitações de uso de língua estrangeira inviabilizando a realização de assembleias, o período do Estado Novo e da ditatura militar, que limitou atuação das cooperativas, e ainda os sucessivos lançamentos de planos econômicos e instabilidade financeira nas décadas de 80 e 90. Mesmo assim a cooperativa sempre soube adaptar-se aos contextos, mantendo o foco no associado e no propósito. Aprendemos conceitualmente que uma cooperativa é uma sociedade de pessoas que se reúnem voluntariamente para atenderem as necessidades e objetivos em comum”, ressalta Tiago.
Por Priscila de Paula – Matéria publicada na Revista MundoCoop edição 110
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