Com mais de duas décadas de atuação, a Fundação Sicredi consolidou-se como um dos principais agentes de disseminação do cooperativismo no país. A presença da instituição tem transformado significativamente os ambientes nos quais atua, com a promoção de inclusão, engajamento comunitário e acesso a oportunidades. Atualmente os programas desenvolvidos pela Fundação demonstraram a capacidade de capilarização e a habilidade para superar desafios sociais e climáticos em prol da construção de comunidades mais equitativas eindependentes.
Romeo Balzan, Superintendente da Fundação Sicredi, explica que a instituição tem como propósito a manutenção da essência do cooperativismo no desenvolvimento do Sicredi. “Os programas e iniciativas desenvolvidos levam em sua metodologia a cooperação e o cooperativismo, ingredientes essenciais para a construção de uma sociedade mais próspera”. Ela e as Cooperativas, as quais desenvolvem os programas localmente, mobilizam, articulam e valorizam o capital social já existente em cada comunidade, potencializando redes de cooperação e autonomia coletiva”, destaca.
Educação como elo entre cooperativismo e transformação
O compromisso com a formação estruturada é uma das marcas da Fundação Sicredi. Os programas direcionados à educação financeira de crianças, jovens e adultos têm alcançado resultados expressivos em números e na construção de valores alinhados à cooperação.

Em destaque, o programa ‘A União Faz a Vida’, voltado a apoiar as escolas na evolução do modelo de ensino por meio do aprendizado em cooperação e cidadania, já impactou mais de 5,3 milhões de crianças desde a sua criação, há 30 anos. Nesse período, a ação mobilizou mais de 250 mil educadores de 4,9 mil escolas participantes.
Até o último ano, a iniciativa firmou parceria com 3.510 escolas, distribuídas em 654 cidades de 15 estados brasileiros, responsáveis pelo desenvolvimento de mais de 20 mil projetos e impactando cerca de 590 mil crianças e adolescentes. “Todos os nossos programas têm como base a cooperação e a cidadania. Trabalhamos com crianças desde cedo, ajudando a formar cidadãos conscientes, com repertório para tomar decisões, lidar com dinheiro e entender o papel da coletividade”
A União Faz a Vida e programas como o Cooperativas Escolares e Jornadas de Educação Financeira nas Escolas incentivam desde cedo a prática do diálogo, o senso de responsabilidade coletiva e a compreensão do papel do indivíduo na engrenagem comunitária.
Além disso, o impacto em educação financeira em 2024 foi ampliado por meio da distribuição de 1,5 milhão de gibis da Turma da Mônica Jovem, com conteúdo voltado à educação financeira de crianças e adolescentes, reforçando a linguagem lúdica como ferramenta de engajamento e aprendizagem.
Romeo também destaca que o empenho da Fundação permeia a garantia de estímulos direcionados a reflexões sobre o papel das redes comunitárias, impactando as famílias dessas crianças e jovens. “Quando uma criança aprende sobre educação financeira e leva esse conhecimento para casa, ela influencia a família inteira. Isso mostra que estamos criando um movimento de transformação que começa nas escolas, mas ecoa nas comunidades”
Inclusão ativa e constante
Aliado à educação, o investimento direto em comunidades via Fundo Social e Leis de Incentivo reforça o compromisso da Fundação com o desenvolvimento local de maneira estruturada e inclusiva.
O Relatório de Sustentabilidade da organização destaca que, apenas em 2024, mais de 7 milhões de pessoas foram beneficiadas por projetos nas áreas de educação, cultura, saúde e meio ambiente. A injeção de incentivos monetários nas comunidades viabiliza a sustentabilidade das iniciativas locais, especialmente em regiões subatendidas pelo poder público e por empresas tradicionais, tornando os recursos coordenados pela Fundação a ponte para acesso à cultura, esporte e atividades de formação.
“Quando a comunidade prospera, a cooperativa prospera junto. Esse é o modelo. Gerar valor coletivo para ter resultado sustentável.”
Romeo Balzan
Outro destaque gerido pela instituição é a atuação para a construção de ambientes corporativos mais diversos. Por meio do Comitê de Inclusão, Diversidade e Equidade (ID&E), a Fundação tem ampliado suas ações para garantir um alinhamento mais acessível e plural. “Capacitar pessoas para lidar com o dinheiro é importante, mas mais importante ainda é garantir que todos tenham acesso igualitário aos espaços onde essas decisões acontecem. A diversidade precisa estar na prática, nas políticas e no dia a dia das instituições”, afirma Balzan.
A trajetória da instituição revela que o impacto social gerado por cooperativas consistente e perene. Desse modo, as articulações regionais e a formação continuada são o foco que siustenta a ampliação do impacto da Fundação SIcredi.
“Nosso propósito é contribuir em todo ciclo de desenvolvimento, da infância a fase adulta. O que nos move é a prosperidade das pessoas. Se elas perceberem que estamos ao lado delas, ajudando de verdade, elas permanecem, se engajam e se tornam multiplicadoras desse modelo. É assim que o cooperativismo cresce”, finaliza Romeu.



Por João Victor, Redação MundoCoop