Em alta, o cooperativismo pretende, em 2025, ampliar ainda mais a sua rede de alcance e importância. Além de ser considerado um movimento essencial para o crescimento do mercado em todos os sentidos, o Ano Internacional das Cooperativas declarado pela ONU também vai alçar as cooperativas a um posto de destaque que, há anos, já deveria ter sido alcançado.

Através do mote “Cooperativas Constroem um Mundo Melhor”, o ano de 2025 representará um marco para o cooperativismo global, em que haverá um chamado para a reflexão sobre passado, presente e futuro de um movimento centenário e extremamente necessário.
Na terceira parte do Especial 10 Tendências para o Cooperativismo em 2025, o tema é “Desafios de Trabalho e Bem-estar Social“. Confira!
Uma tendência que faz parte da lista está relacionada aos desafios do trabalho e do bem-estar social. Segundo a professora, escritora e palestrante Maria Flávia Bastos, mestre em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local, os desafios vão além do cooperativismo. “Vivemos um momento em que os desafios são mundiais, em que nossa saúde mental e física deve ser observada. Com a crescente mudança do clima, onde o frio está mais frio e o quente mais quente, as pessoas estão mais irritadas, nervosas e violentas. Tudo isso vai implicar no espaço de trabalho”, alerta.
Para que isso mude, ela diz que o cooperativismo precisa promover um trabalho mais sustentável e voltado para o social. “O setor precisa entender o funcionamento comportamento humano dentro do seu ambiente. Por isso, tem um papel educativo fundamental para colaboradores e usuários, que devem encontrar nesse espaço uma troca. O papel das cooperativas é justamente buscar essa escuta, investigando quais os maiores desafios locais que estamos vivendo e como afetam o ambiente de trabalho como um todo”, explica.
Além disso, outro desafio citado por Maria Flávia é usar a tecnologia como aliada. “Vivemos numa sociedade individualizada por conta dos itens tecnológicos. Indico que sejam elaborados cursos que usem a inteligência artificial, por exemplo, para fazer perguntas capazes de encontrar respostas aos desafios que vivemos. A tecnologia não deve ser uma ferramenta individual. Por isso, trabalho com os três Cs para integrar o cooperativismo de forma positiva: confiar, cooperar e criar. E isso, o setor promove em seu modelo de negócios, cumprindo o papel de desenvolvimento local e social”, observa ela, acrescentando que as cooperativas, por impactarem no social, precisam replicar o que fazem. “Elas precisam ensinar como a cooperativa funciona como modelo de negócio. Aí sim teremos um alcance muito maior de desenvolvimento social”, destaca.
Conheça as outras tendências em destaque:

Tendência 1: Tecnologias Verdes

Tendência 2: Parcerias e Redes de Cooperação
Por Andrezza Hernandes – Redação MundoCoop
Matéria exclusiva publicada na edição 122 da Revista MundoCoop
