Hoje mais do que nunca, despertar nos colaboradores o sentimento de orgulho e pertencimento são os pontos chave para o sucesso de toda marca.
Segundo Cilene Noman, especialista em gestão de negócios, trainer comportamental e Master Coach, se engajar com a marca da cooperativa é quando o colaborador entende a razão de existir o negócio e o propósito da instituição e são bem treinados em relação a sua cultura.
Eduardo Toledo, especialista, palestrante e administrador, explica que o sucesso de uma empresa e cooperativa está intimamente ligado ao Accountabilly. “O colaborador que desenvolve isso entrega os melhores resultados em seus trabalhos com reflexos na marca junto ao cliente final”. Portanto, cada vez mais, é preciso procurar ferramentas para estimular o prazer de seus funcionários fazerem parte das cooperativas e se atentar a importância de investir no endomarketing e nas estratégias de engajamento interno. “É necessário respeitar o colaborador como parte fundamental de todo processo, ao mesmo tempo em que ele também deve ser visto como cliente. Indiferente se seu produto ou serviço, ele é consumidor”, lembra Eduardo.
COMO ATRAIR OS COLABORADORES
É fácil estimular o colaborador a “vestir a camisa” da cooperativa ou defender a sua marca. Na realidade tudo se resume à forma com que a empresa trata os seus colaboradores. Uma das maneiras é fazer com que o cooperado sinta orgulho de produzir e representá-la.
Isso é o que tem feito a Cooperativa Vinícola Garibaldi, do Rio Grande do Sul. Oscar Ló, presidente da Cooperativa Vinícola Garibaldi, conta que eles acreditam, principalmente, na valorização do associado. “Para nós, é extremamente relevante não apenas reconhecer os esforços produtivos dos cooperados, mas estar ao lado deles. O nosso desafio diário é mostrar que estamos juntos em busca do mesmo propósito, como a sustentabilidade do negócio. Porque se fizermos bem feito, estamos gerando valor, para o associado e para o público externo, gerando percepção de compromisso com toda a cadeia pelo público”, conta Oscar.
Outro ponto importante para envolver o cooperado com a marca da cooperativa é estimular ações internas que proporcionem o sentimento de orgulho em exercer seu trabalho.
Ló conta que na cooperativa, vivenciam o dia a dia do produtor, por meio da realização das visitas de campo, acompanhamento na propriedade, capacitação dos produtores, instrução sobre as técnicas de manejo, novidades e tecnologias capazes de aprimorar constantemente a matéria-prima. Mas, além disso, se preocupam com o associado. “Nós acreditamos que não só as cooperativas, mas todos os tipos de negócios conseguem alcançar maior valor de suas marcas quando se fazem presentes em suas comunidades, se preocupam com responsabilidade social, competem de forma ética, se preocupa com a questão ambiental, fazem diferença na vida das pessoas, sejam elas colaboradoras, ou consumidoras”, conta.
Em cooperativas como a Coopertres (Cooperativa dos Transportadores Rodoviários Autônomos do Espírito Santo), a estratégia de envolvimento com a marca é conversar diretamente com o cooperado antes, durante e depois do ato de cooperar. A importância disso é dar tanto aos cooperados, quanto aos clientes um tratamento mais humanizado, refletindo em uma maior satisfação em todos.
Reginy Barbieri, presidente da Coopertres explica que informa ao cooperado que ao se associar passa a ser dono do seu estabelecimento e a ter todos os direitos e deveres dos cooperados mais antigos. “Como o direito a voto na tomada de decisões e a todos os benefícios. Assim, ele tem a visão de que aquele negócio também é seu. Introduzimos o pensamento que onde tem cooperativismo, tem uma relação em que todos ganham”, conta.
O DIFERENCIAL
As cooperativas que conseguem esse engajamento de seus cooperados criam um diferencial das demais, reforçam as marcas, criam produtos com melhor qualidade, tem ideias inovadoras e consequentemente melhoram o mercado.
Para conseguir o envolvimento dos cooperados com a cooperativa ou a empresa, Cilene dá algumas dicas, como por exemplo, realizar processos efetivos que vão desde a contratação assertiva, ter o onboarding bem desenhado e aplicado no dia a dia da instituição e realizar pesquisas de clima e feedbacks em períodos estratégicos. “Uma empresa que valida uma cultura organizacional sustentável, estará sempre olhando para as pessoas de forma respeitosa, com uma gestão humanizada. Os clientes, os fornecedores e a comunidade serão um diferencial em seu segmento”, finaliza Cilene.
Por Priscila de Paula
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