Com o passar do tempo, o cooperativismo foi se consolidando, não só como um grande propósito a ser seguido, mas como uma forma justa de fazer negócios. E para isso, precisou se atualizar no decorrer das décadas, sobrevivendo a crises e protagonizando mudanças.
Dando continuidade a essa trajetória, o movimento se prepara agora para conquistar um novo destaque através da crescente valorização do bem-estar individual e coletivo. Tendência que surgiu em um cenário pós pandêmico e se desdobra como a grande aposta de 2024.
Para as cooperativas, esse momento tem se tornado uma oportunidade de mostrar o potencial de suas agências. Atualmente, o movimento possui 9 mil agências físicas no país, alcançando uma média de crescimento de 12,5% ao ano e um importante diferencial no mercado.
Nascendo de uma mudança comportamental que evidencia as novas prioridades da sociedade, a tendência trouxe a necessidade de adaptação do ambiente de trabalho, dialogando com uma filosofia de vida mais flexível e saudável. Roberta Cirino, arquiteta e sócia-fundadora da Cirino Sabadin, explica que a concepção de um planejamento para o espaço físico de uma agência tem um impacto significativo nos negócios geridos pelas cooperativas, influenciando diretamente o engajamento tanto de colaboradores quanto de clientes. “Ao criar um projeto que valoriza a proximidade entre as pessoas, a humanização dos espaços de atendimento torna os ambientes propícios para diversos formatos de interação. Esses ambientes proporcionam benefícios não apenas aos colaboradores, mas também aos negócios fechados”, acrescenta.
Nesse cenário, algumas novidades se destacam como facilitadoras desse processo. O investimento nos estímulos naturais é uma delas, trazendo elementos como formas orgânicas, cores inspiradas na natureza e vegetação integrada. Ainda, uma das grandes inovações aparece na valorização da memória afetiva, onde a incorporação de elementos que evocam experiências pessoais, como peças de artesanato, artes visuais e decoração temática, emerge como uma maneira de criar ambientes autênticos e emocionalmente conectados aos usuários. A autenticidade desses espaços criam ambientes mais estimulantes e adaptáveis, promovendo a produtividade e o equilíbrio entre trabalho e bem-estar psicológico.
Com inúmeros cases de sucesso já consagrados, Alexandre Sabadin, engenheiro civil e sócio-fundador da Cirino Sabadin, conta que o maior retorno visível após a conclusão dos projetos de cooperativas está no aumento expressivo no número de cooperados durante as reestruturações nas agências. O que fortalece os laços já existentes enquanto atrai novos membros para a cooperativa, evidenciando claramente o impacto positivo das mudanças implementadas. “Um aspecto notável e transformador é a capacidade de tornar a cooperativa um ponto de referência e atração para a cidade. A ênfase em melhorias no entorno da obra contribui para a credibilidade e solidez percebidas pela sociedade. Esse aspecto é especialmente relevante para aberturas em novas localidades, onde a cooperativa pode não ser tão conhecida. Ao se tornar um elemento proeminente na comunidade, a cooperativa fortalece sua presença e também promove o desenvolvimento socioeconômico local”, conclui.
Hoje, o planejamento da estrutura física das agências deixou de ser mero detalhe para se tornar uma importante estratégia de consolidação e crescimento. Diante disso, contar com especialistas em cooperativismo, como a Cirino Sabadin, passou a ser algo crucial para que a cooperativa esteja atenta às mudanças nas necessidades dos cooperados e às tendências do setor, a fim de contemplar por completo as demandas atuais, seus consequentes desafios e, principalmente, o futuro.
Conteúdo exclusivo publicado na Revista MundoCoop – Edição 116
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