Há um ditado no mundo das finanças, que se encaixa perfeitamente ao campo. “Antes de se preocupar em ganhar mais, é preciso aprender a gerir o que se tem”. É preciso ter informações sobre tudo que acontece na propriedade rural, antes de tomar decisões que permitam produzir com mais eficiência: qual é a área produtiva, quantas amostras de solo foram feitas, qual é a fertilidade de cada talhão, quanto foi comprado de adubo, de semente, quando ocorreu o plantio, quando se deu a colheita, qual foi a produtividade (toneladas por hectare).
Cada vez mais os agricultores brasileiros têm recorrido às soluções da chamada Agricultura 4.0, um conjunto de tecnologias digitais, que por meio da Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês), conecta máquinas agrícolas com satélites, drones, sensores e softwares, gerando uma infinidade de dados, que podem auxiliar o agricultor na tomada de decisão. Hoje existem diferentes ferramentas que por meio de dados apoiam novos modelos de negócio que tornam o trabalho no campo mais produtivo e ainda ajudam o agricultor a se adaptar a diferentes cenários, incluindo intempéries.
A Climate FieldView™, plataforma de agricultura digital da Bayer, é um exemplo. A ferramenta tem funcionalidades que monitoram a lavoura do plantio à colheita, com a geração de mapas georreferenciados de semeadura, adubação, pulverização e colheita. Com eles, o agricultor aumenta a eficácia, aplicando apenas a quantidade de adubo ou defensivo que cada talhão precisa, ao mesmo tempo em que adquire conhecimento profundo de sua propriedade. “Os produtores brasileiros são muito abertos a novas tecnologias. Entre 2020 e 2021, o uso da plataforma Climate FieldView™ no país saltou de 12,8 milhões de hectares monitorados para 22 milhões, um incremento de 72%. Ela tem se mostrado uma ferramenta essencial para a tomada de decisão dos produtores rurais e é capaz de se adequar às suas necessidades”, diz Abdalah Novaes, líder de negócios da Climate FieldView™ para a América Latina.
Soluções baseadas em dados apoiam a cada dia os produtores na gestão das lavouras, permitindo na mesma área produzir mais, melhor e deixar um legado de sustentabilidade, como o maior acúmulo de carbono no solo por meio de práticas conservacionistas de manejo, tornando os agricultores fundamentais na criação do ecossistema de carbono no agronegócio. Neste contexto foi criado o programa PRO Carbono. Desenvolvido de forma colaborativa com produtores rurais e parceiros, como a Embrapa, oferece vantagens para os agricultores brasileiros dispostos a ampliar a produtividade e a aumentar o sequestro de carbono no solo a partir da adoção de práticas agronômicas sustentáveis, o que vem sendo decisivo em um cenário de extremos climáticos, que impactam diretamente o campo.
Outro programa, em fase pré-comercial, é o Bayer Valora, uma iniciativa inovadora de risco compartilhado com recomendações de densidade populacional de milho customizadas na lavoura. Usando dados de prescrição da plataforma da Climate FieldView™, agricultores participantes passarão a receber recomendações sobre a população ideal de milho em cada talhão, buscando um ganho real de produtividade em relação ao manejo já adotado na propriedade. Se o resultado ficar abaixo do projetado pela companhia, o produtor recebe de volta o valor da quantidade adicional de sementes investida para implementar a recomendação Bayer, tendo assim seu risco compartilhado com a empresa.
Independente do porte do agricultor – pequeno, médio ou grande – a missão da Bayer é ajudá-los a aplicar a ciência para uma vida melhor. E, no caso dos produtores de menor tamanho, o caminho para a Bayer impulsioná-lo é via cooperativismo. “As cooperativas são grandes disseminadoras de tecnologia e inovação para agricultores de todas partes do Brasil, inclusive para os lugares que não conhecemos ainda”, finaliza Laura Deus, gerente de acesso ao mercado da Bayer Brasil para Cooperativas.
Conteúdo publicado na Revista MundoCoop edição 106
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