A Agrotools, uma Bigtech com 15 anos de atuação no setor agropecuário pretende se tornar uma liderança no uso da tecnologia em prol da sustentabilidade.
A empresa participará do projeto “Pecuária de Baixo Carbono” criado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A ideia é criar linhas especiais para o setor produtivo que viabilizem a migração das atividades mais intensivas em emissões de carbono e metano para as menos intensivas.
O Projeto tem como objetivo elaborar estratégias e modelos de negócios que adotem o uso de tecnologias visando a redução da emissão de gases de efeito estufa, estimulando a sustentabilidade na produção de carne e leite no Brasil. “A elaboração do cálculo de emissão dos gases de efeito estufa de fazendas de pecuária e avaliação de iniciativas de descarbonização contribuirão para a redução do impacto do setor em nível nacional. A conta é um estudo de análise de ciclo de vida que avalia o impacto de produtos na mudança do clima, considerado tema central para o desenvolvimento sustentável”, exemplifica Juliana Pandeló, Diretora de Relacionamentos Estratégicos da AgTech.
Ele contará com dois movimentos principais: O primeiro será a indicação de mecanismos de incentivo que estimulem investimentos na redução de emissões de carbono, na etapa agrícola e na industrialização da carne e leite bovinos. O segundo será o desenvolvimento de uma calculadora para Avaliação de Ciclo de Vida (ACV) dos produtos, por um método para a medição e certificação de emissões de carbono, desde os insumos utilizados na produção agrícola, até o processamento industrial.
Juliana conta que o papel da empresa será o da definição do fluxo de trabalho da Calculadora ACV, com o detalhamento de todas as etapas do processo de funcionamento da ferramenta. “Vão desde a fase de inserção de dados pelos usuários até a geração de relatórios de desempenho ambiental, passando também pelos processos associados de certificação e validação externa dos dados registrados na calculadora”, destaca Juliana.
Como surgiu a ideia
A ideia surgiu como uma forma do Brasil cumprir o Acordo do Metano, assinado na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 26). Entre outras coisas, ele estabeleceu um compromisso global de reduzir em 30% as emissões de metano até 2030.
O consórcio vencedor da disputa foi o liderado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que contou com o auxílio de cinco grandes empresas. Pandeló, conta que a participação da empresa no consórcio surgiu do fato dela ter uma tecnologia atuante dentro do setor agro. “Com uma vasta experiência na elaboração de sistemas informatizados para o campo e conhecimento prévio no desenvolvimento de Análise de Ciclo de Vida para cadeia de carne”, explica Juliana.
A empresa traduziu as boas práticas de sustentabilidade para escala macro e se tornou responsável pelo maior monitoramento das cadeias de carne do mundo, acumulando uma base de milhares de camadas e mapas relacionados a aspectos ambientais, estrutura fundiária, capital natural, exigências de mercado financeiro e mudanças climáticas.
Por Priscila Paula – Redação MundoCoop
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