Um estudo realizado em 26 países da América Latina e Caribe revelou que cerca de 72 milhões de pessoas que vivem em áreas rurais não têm acesso à conectividade com padrões mínimos de qualidade. No Brasil, o número de pessoas sem conectividade adequada é de 13 milhões.
O estudo intitulado “Conectividade Rural na América Latina e no Caribe: estado da situação, desafios e ações para a digitalização e o desenvolvimento sustentável” foi realizado por uma parceria entre o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), o Banco Mundial, a Bayer, o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), a Microsoft e a Syngenta, e apresenta dados coletados entre 2020 e 2022.
Diante de tal cenário, falar sobre conectividade no campo tornou-se um assunto urgente. Com grande potencial para expansão, o agro brasileiro se destaca por ser pioneiro em técnicas de cultivo, aumentando a produção ano após ano, enquanto aplica processos que unem a proteção ao meio ambiente com a maximização da produção. Mas como explorar ao máximo o que o agro tem a oferecer? Para que o produtor atinja todo o seu potencial, ter à sua disposição as máquinas, processos e ferramentas mais atuais é vital. E para isso, estar conectado – na lavoura e na fazenda – é essencial para um resultado positivo.
Os desafios da conectividade no campo e como solucioná-los, foi tema do painel “Agrotech, inovação e conectividade: digitalização do agro brasileiro”, realizado durante a 4ª edição do CoopTalks Agro, o maior congresso digital do cooperativismo agro. Na ocasião, o evento recebeu Ana Helena Andrade, Presidente da Associação CoonectarAgro; Leandro Carvalho, CEO da Supercampo e Kleberson Angelossi, Gerente de Inovação na Coopavel, que destacaram a importância de se falar sobre a conectividade no campo, sobretudo com a inserção do produtor rural neste contexto.
“Hoje a conectividade é um gargalo que impacta em todos os aspectos da produção agrícola”, destacou Ana. Além disso, o equilibro entre custos e produtividade foi outro tópico, sendo essencial para que o produtor esteja alinhado com a demanda necessária na sociedade atual, enquanto mantém custos sustentáveis e que garantem a continuidade da atividade. Somado a isso, Carvalho lembrou que apesar de o produtor rural brasileiro não ser altamente tecnológico, este é um grupo que explora e usufrui constantemente das facilidades destas ferramentas. Neste contexto, Angelossi ressaltou que é importante olhar para todos os produtores, não deixando de lado aqueles que demorem mais para se adequarem ao contexto digital. “Apesar da conectividade, é preciso manter os processos offline funcionando para o produtor”, completou.
Assista a seguir o painel completo:
Para conferir o CoopTalks Agro 4ª edição na íntegra, acesse o canal no YouTube.
Por Redação MundoCoop, com informações de Agrolink
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