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Cooperativas lideram uso de práticas sustentáveis contra mudanças climáticas no Pará

Mudança climática está no centro das preocupações na Amazônia e estimula adoção de sistemas agroflorestais por cooperativas na região

Mundo Coop POR Mundo Coop
7 de setembro de 2025
AGRONEGÓCIO
Cooperativas lideram uso de práticas sustentáveis contra mudanças climáticas no Pará

Cooperativas lideram uso de práticas sustentáveis contra mudanças climáticas no Pará

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Os debates sobre o futuro do mundo diante das mudanças climáticas não são pauta apenas da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém (PA), neste ano. Essa realidade já impacta diretamente a vida das populações ribeirinhas e de produtores rurais do Pará e está no centro das preocupações dos amazônidas. Cooperativas locais apostam em práticas sustentáveis para manter a floresta em pé, expandir a produção e agregar valor aos produtos regionais de forma sustentável.

Na Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (Camta), a cerca de 200 quilômetros da capital do Estado, a produção em sistemas agroflorestais une até 15 culturas agrícolas diferentes em um mesmo espaço de terra. O modelo garante renda contínua ao longo do ano aos 170 agricultores cooperados, gera menos exposição aos problemas climáticos e evita a abertura de novas áreas.

Na chácara de Armando Mineshita, o carro-chefe é o cacau. O sistema também tem pimenta-do-reino, açaí, pupunha, baunilha e algumas frutas. A sombra das árvores cria um microclima específico na agrofloresta, com temperatura mais baixa que no restante da propriedade.

As folhas que caem das plantas e forram o chão mantêm a umidade do solo. Elas dão vida a microrganismos que ajudam a adubar os cultivos e a retroalimentar a produção de 10 toneladas de cacau, 7 toneladas de açaí, 7 toneladas de cupuaçu e 50 toneladas de pupunha por ano.

“Meus amigos que plantaram só na monocultura perderam 100% da produção na seca do ano passado e retrasado. As minhas plantas não sentiram praticamente nada”, diz, orgulhoso do modelo que resolveu adotar para dar continuidade à história do pai, um imigrante japonês que chegou ao Pará em 1962.

“O sistema agroflorestal é um exemplo de como manter a floresta de pé, pois cultiva de forma consorciada. São plantas de pequeno, médio e grande porte. O descarte de folhas é vida, vira adubo, e todo mês tem um pouquinho de dinheiro para a renda”, completa Mineshita.

Os cooperados da Camta já cultivam sete mil hectares em sistemas agroflorestais. Outros 10 mil hectares, até então explorados como monocultura, estão em fase de conversão para renovação dos cultivos principais e inclusão de novas espécies, sem qualquer tipo de novo desmatamento.

Ernesto Suzuki, outro cooperado da Camta, já produz em 50 hectares de sistema agroflorestal. Outros 120 hectares serão renovados nos próximos anos. A cultura principal é o dendê, que é vendido para produção de óleo em agroindústrias da região.

Ele também cultiva cacau, açaí, ingá, cogumelos, andiroba, ipê, entre outros. Ao todo, são cerca de 15 espécies em uma área demonstrativa de seis hectares que serviu de base para pesquisa de validação do modelo pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), entre 2008 e 2020.

“É uma alternativa sustentável. A partir do momento que instalamos a área, ficaremos eternamente nela”, afirma. A ciclagem de nutrientes com os materiais orgânicos das plantas ajuda a reduzir o custo com adubação em até 15%, estima o produtor.

Mesmo com o controle térmico que a agrofloresta proporciona, as plantas sentiram a falta de água em 2024, com a seca histórica na Amazônia, e a produtividade caiu um pouco, relata Suzuki.

A produção total da cooperativa é de cerca de 10 mil toneladas de polpas de frutas, que são processadas na unidade agroindustrial na sede do município de Tomé-Açu. O carro-chefe é o açaí.

As secas de 2023 e 2024 ainda estão frescas na memória dos ribeirinhos da Comunidade do Anã, na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, em Santarém, que abriga um dos projetos da Cooperativa de Turismo e Artesanato da Floresta (Turiarte).

A produção de peixes criados em 50 tanques-rede caiu pela metade com a estiagem que engoliu vários metros do rio Arapiuns. A temperatura da água aumentou e “queimou” os alevinos, filhotes recém-saídos dos ovos, de tambaqui, tambatinga e matrinchã.

“No ano passado, teve estiagem e perdemos muito peixe. A água esquentou muito e baixou para 1,30 metros. Hoje estamos muito preocupados”, afirma Aldair Goudinho, piscicultor da comunidade e cooperado da Turiarte. Com a proximidade do período seco, entre setembro e novembro, os tanques serão levados para áreas de maior profundidade do rio para evitar a morte dos filhotes. “Estamos antenados na mudança climática”, acrescenta.

A comunidade tem 25 mil peixes prontos para abate. “É uma poupança viva”, diz Goudinho. A alimentação ainda conta com ração à base de grãos, mas os piscicultores têm aumentado o uso de cascas de açaí, mandioca e cupuaçu, além de frutas locais. “O peixe é muito caipira, come de tudo”, afirma, de forma divertida. A meta é produzir a ração própria para “não contribuir com desmatamento”.

O produto é vendido aos turistas que visitam a comunidade e para moradores que não podem trabalhar na atividade, como funcionários públicos e idosos. A meta agora é vender para restaurantes em outros vilarejos às margens dos rios e abastecer a merenda da escola local.

A seca também afetou o turismo. Houve baixas nas visitações com o volume reduzido das águas e dificuldades para logística e desfrute das belezas da região. A melipolinicultura, produção de mel por abelhas sem ferrão por 22 moradores da comunidade, caiu pela metade e ficou em 200 quilos em 2024.

O artesanato de 114 cooperados da Turiarte também foi prejudicado pelo clima seco. O tucumanzeiro, palmeira nativa da qual é extraída a palha de tucumã, também secou. O material é usado na confecção de cestos, mandalas, bolsas e vasos pelas artesãs da cooperativa. A palha ficou “farelenta” e dificultou o manuseio, segundo a cooperada Ivaneide de Oliveira.

A tradição do artesanato de palha tingida com corantes naturais, como açafrão, jenipapo e crajiru, é passada de geração em geração. Mãe solo, Ivaneide criou as três filhas com a renda obtida com a venda das peças de tucumã, que aprendeu com a sua mãe e avó. Por isso, tem um carinho especial com a palmeira e com sua terra Natal.

“Eu brinco que o pai das minhas filhas é o tucumanzeiro, elas têm que pedir benção a ele”, diz. “O artesanato é uma tradição que não deixamos perder e vamos levando pra não deixar perdida nossa marca, nosso registro”, defende a Ivaneide.


Fonte: Globo Rural com adaptações da MundoCoop

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