A Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Estado do Acre (Cooperacre) vai investir R$ 60 milhões na construção de uma nova planta agroindustrial para processar frutas tropicais da região Norte. As obras começaram no início de 2023, com previsão de término para junho deste ano. Do montante, R$ 35 milhões já foram aplicados no projeto.
A cooperativa afirma ter a maior produção de castanha beneficiada do Brasil e tem a pretensão de se tornar líder global com a nova instalação. A castanha-do-brasil é o carro-chefe, com uma produção média de 1.200 toneladas beneficiadas por ano.
A indústria terá capacidade de processar, aproximadamente, dez mil toneladas por ano de polpa concentrada de frutas tropicais, sendo dez espécies prioritárias: açaí, cupuaçu, cajá, graviola, acerola, maracujá, caju, manga, abacaxi e goiaba. Isso representa um aumento de dez vezes na capacidade atual, de mil toneladas.
A Cooperacre projeta um crescimento na receita proporcional à ampliação da capacidade operacional. Espera também reforçar o faturamento com o valor agregado de um novo produto a ser oferecido ao mercado: a polpa concentrada asséptica.
O produto tem um tempo de prateleira de até dois anos em temperatura ambiente. É o trunfo da cooperativa para acessar novos mercados. A polpa congelada tem maior custo e riscos logísticos, já que exige condições específicas de refrigeração.
A nova planta industrial da Cooperacre está em construção no distrito industrial de Rio Branco, capital acreana, na mesma área onde atualmente funciona a agroindústria de processamento de castanha do Brasil. São 30 galpões comunitários para armazenamento nos territórios de produção, outros quatro centrais e seis indústrias para beneficiamento de castanha, polpas de frutas tropicais, palmito de pupunha e borracha.
Fonte: Globo Rural