Uma cooperativa é formada por duas ou mais partes que compartilham interesses e objetivos comuns, unindo-se para fortalecer sua presença no mercado e expandir seus empreendimentos. Esse agrupamento possibilita o acesso conjunto a novos contratos de venda, além de favorecer a redução de custos e facilitar compras organizadas.
Esse modelo de negócios tem se tornado cada vez mais prevalente, especialmente no setor agrícola, onde pequenos produtores se unem para estabelecer cooperativas em busca de uma representação mais robusta.
Dentro de uma cooperativa, a distribuição de custos, funções, cargos e lucros é uma prática fundamental, criando um ambiente propício para ação coletiva e assegurando os direitos trabalhistas e previdenciários de todos os cooperados, conforme estabelecido por lei.
De acordo com dados do Censo Agropecuário realizado pelo IBGE, existem mais de 1.600 cooperativas agrícolas em todo o Brasil, representando mais de 48% da produção agrícola nacional. Esses números destacam a relevância das cooperativas no cenário do país.
Conforme as informações da assessoria, Rafael Guazelli, advogado especializado em Direito do Agronegócio, ressalta as vantagens que os pequenos produtores podem obter por meio dessa colaboração em atividades conjuntas. “Essas cooperativas podem ser criadas com o objetivo de melhorar a produção, a comercialização e a distribuição de produtos, assim, o pequeno produtor pode garantir a própria subsistência, além de aumentar sua participação nos lucros. Importante é ter conhecimento de como organizar essa cooperativa dentro da lei e ter todas as garantias nessa atuação”, explica Guazelli.
Além desses benefícios, através da organização e do aumento de sua produção de forma profissionalizada, o cooperativismo pode ser utilizado como instrumento para competir com grandes empresas no mercado.
Como montar uma cooperativa
– O primeiro passo a se tomar é reunir pessoas com interesses comuns e alinhar os objetivos da cooperativa, verificar a viabilidade financeira e social, e escolher uma comissão, entre os participantes, para tratar das providências necessárias.
– O segundo passo é reunir todos e conversar se eles estão dispostos a entrar com a parte do capital necessária para ativar a cooperativa, criando um plano de negócios.
– O terceiro e o quarto passo, resumidos, insistem na definição de regras e na fundação da cooperativa, onde será feita uma proposta de estatuto, e a convocação da Assembleia Geral de Constituição e a reunião que irá formalizar a fundação da cooperativa.
“Importante ter orientação jurídica e contábil para estabelecer as questões legais necessárias e iniciar de forma profissional essa atuação. Uma cooperativa é um novo negócio e que pode representar muito para os pequenos produtores, somando seus capitais e dividindo lucros de forma ordenada”, reforça Rafael Guazelli.
De acordo com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), o cooperativismo está presente em mais de 100 países diferentes e gera mais de 250 milhões de empregos para o mundo todo, mostrando seu crescimento nos últimos anos e podendo ser uma ótima oportunidade para o pequeno produtor rural elevar o seu nível de mercado, trabalhando coletivamente para expandir suas produções e ganhar mais visibilidade na agropecuária.
Fonte: Agrolink
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