O cooperativismo no Paraná foi desenvolvido por imigrantes. Os alemães, por exemplo, estabeleceram-se na região de Rio Negro, em 1929 e, na virada para o século XX, foi a vez dos franceses e italianos.
A cooperativa mais antiga do estado em operação funciona a quase um século. Atualmente as unidades estão espalhadas por doze municípios e a atuação está presente em quinze áreas, entre produtos e serviços.
O primeiro grupo de holandeses chegou em Carambeí, nos Campos Gerais, no início do século XX. A vinda foi incentivada pelos governos locais que ofereciam lotes de terras em busca de mão de obra para o campo.
Os holandeses reproduziram no estado um modelo de produção que já funcionava na Europa.
Com a tradição, eles trouxeram a produção de leite para a região dos Campos Gerais que se tornou a maior bacia leiteira do país.
“Tinham mais força para produzir e vender”, afirma o agricultor filho de imigrantes da Holanda, Adrijan Los de 92 anos que tem o cooperado mais antigo do estado.
O historiador do Museu Histórico de Carambeí, Lucas Kugler, explica que além desse modo de trabalho estar no DNA desses agricultores e pecuaristas, a necessidade de manter o negócio também impulsionou a criação de cooperativas.
Em 1930, vieram as leis do cooperativismo.
“Tinham o objetivo de manter sua comunidade, já que no início não estavam tão apoiados pelo governo brasileiro”, explica.
A industrialização, por volta de 1950, trouxe novas máquinas agrícolas e outras oportunidades de negócio para o Brasil o que estimulou a abertura de novos mercados, como o de grão, e, portanto, a criação de cooperativas para mais segmentos.
Com uma maior aquisição de eletrodomésticos em 1970 a classe média começou a ter um melhor poder aquisitivo. De acordo com Lucas isso também afeta a qualidade de vida das pessoas que deixam a agropecuária e vão para o urbano.
Fonte: G1
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